Pesquisa da UFBA mostra melhor desempenho acadêmico dos cotistas

18/07/2006
Pesquisa da UFBA mostra melhor desempenho acadêmico dos cotistas

Está confirmado: as ações afirmativas estão fazendo aumentar o nível acadêmico das universidade, superando um dos maiores preconceitos daqueles que são contra as cotas. A pesquisa da Federal da Bahia comprova que na maioria dos cursos os cotistas estão dando show, com notas iguais ou superiores aos alunos do sistema universisal. Veja a notícia abaixo:

UFBA DIVULGA DESEMPENHO DE COTISTAS

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) conclui sexta-feira, 14, a avaliação de desempenho do primeiro grupo de estudantes que ingressou na Universidade pelo Programa de Ações Afirmativas em 2005 (Cotas). Os dados revelam que, em 56% dos cursos, os cotistas obtiveram coeficiente de rendimento igual ou melhor aos não-cotistas.

A análise considera a média das notas dos três mil alunos que ingressaram no semestre 2005.1. Os dados demonstram que em 11 cursos dos 18 de maior concorrência da UFBA, os cotistas obtiveram coeficiente de rendimento igual ou melhor aos não-cotistas. Nos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Produção Cultural), por exemplo, 100% dos cotistas obtiveram coeficiente de rendimento entre 5,1 e 10 nos dois semestres de 2005, contra 88,9% dos não-cotistas. No curso mais concorrido, o de Medicina, 93,3% dos cotistas obtiveram coeficiente de rendimento entre 5,1 e 10, contra 84,6% dos não-cotistas.

Dos estudantes aprovados em 2005, 45% ingressaram através da reserva de vagas para alunos de escolas públicas. Atualmente, 48% dos alunos da UFBA são provenientes de escolas públicas. Antes da adoção do Programa, a média geral era de 38,9%, quase 10% a menos. “O número de estudantes oriundos de escolas públicas aumentou de 5 a 10 vezes nos cursos de maior concorrência no vestibular, como Medicina, o que modifica o perfil desses cursos” explica o reitor Naomar de Almeida Filho.

“Em grande parte dos casos, o desempenho dos estudantes cotistas superou os de não cotistas, inclusive em cursos muito concorridos. O número de estudantes oriundos de escolas públicas aumentou de 5 a 10 vezes em cursos de grande procura, como Medicina, o que modifica o perfil da Universidade”, comenta o reitor da UFBA, Naomar Almeida.

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