O segundo volume do relatório de escavações do Grande Abrigo de Santana do Riacho demorou ainda 3 anos depois da publicação do primeiro para ser finalmente editado. Enquanto o manuscrito estava esperando, novas análises foram iniciadas e levarão a novas publicações. Nós quisemos esperar os resultados destes trabalhos para publicar este relatório, destinado a concluir uma “fase” das pesquisas e não de pôr um ponto final à análise do material.
Um convênio foi assinado entre o Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da USP e o Museu de História Natural da UFMG, para realizar a curadoria do material esqueletal humano e proceder a novos tipos de estudos após a limpeza dos ossos. Uma tese sobre oligoelementos contidos nos ossos está também em curso no Departamento de Química da UFMG, enquanto o Departamento de Bioquímica do ICR-UFMG realiza os primeiros testes para analisar o DNA mitocondrial dos esqueletos humanos.
Novas tentativas de extração de matérias orgânicas vão sendo realizadas no Departamento de Química da Universidade do Texas, com o objetivo de permitir a datação direta de mais de 20 pinturas do abrigo.
Igualmente, esperamos retomar um dia a análise das “estruturas discretas” de ocupação, que foram interrompidas quando decidimos priorizar as pesquisas arqueológicas no vale do Rio Peruaçu, onde as condições de deposição e preservação do material arqueológico permitiam um melhor aproveitamento dos vestígios.
Desta forma, fica claro que o presente Relatório não “fecha” os trabalhos sobre Santana do Riacho, que esperamos continuar divulgando nos próximos anos.
A digitação e a revisão do manuscrito ficaram a cargo de Rosangela de Paula Oliveira, Secretária do Setor de Arqueologia do Museu de História Natural, cuja dedicação foi essencial na preparação deste trabalho.
Os desenhos foram realizados por Marcos Eugênio Brito; a maioria das fotografias, de autoria de Paulo A. Junqueira.
A todos, os nossos agradecimentos.
André Prous.