Orientações para Atendimento a pessoas com deficiência

  1. Seja educado. Trate as pessoas com delicadeza, com termos adequados, como por exemplo: senhor, senhora, senhorita. Além disso, conheça os termos pelos quais as pessoas com deficiência preferem ser chamadas, por exemplo, os termos “pessoa com deficiência” e “usuário de cadeira de rodas”.

    NÃO devem ser utilizados os termos “cadeirantes”, “necessidades especiais”, “pessoas especiais”, “portador” ou ainda siglas como: PNE, PCD.
  2. Sempre se dirija a pessoa com deficiência ao falar com ela, caso esteja acompanhada, e não com seu acompanhante.
  3. No contato com uma pessoa com deficiência visual: ao chamá-la, fale com ela e não toque na pessoa. Pergunte se ela precisa de ajuda e como você pode ajudá-la.

    Caso necessite servir de guia, é a pessoa com deficiência visual que segura ou se apoia na pessoa que guia, e não o contrário – ofereça, preferencialmente seu cotovelo.

    Para sentar, guie a pessoa até a cadeira e coloque a mão dela no encosto. A pessoa deve sentar-se sozinha. Informe também se a cadeira possui braço ou não.
  4. No contato com pessoas surdas: é possível recorrer à escrita ou à leitura labial se não houver um intérprete disponível e a pessoa surda desejar fazer perguntas.

    Muitas pessoas surdas normalmente se comunicam usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras), portanto, em tais situações, é aconselhável ter um Tradutor Intérprete de Libras (TILS) presente.

    É fundamental manter contato visual com a pessoa surda, em vez de direcionar a comunicação exclusivamente para o intérprete.
  5. No contato com pessoas com deficiência auditiva: evite tocar na pessoa – para chamar sua atenção, erga a mão ou se posicione em seu campo visual, por exemplo.

    Evite também falar em voz alta, já que isso não será eficaz. Em geral, as pessoas com deficiência auditiva não usam a Libras, então a melhor forma de comunicação é a fala usual. Em alguma situações, é possível recorrer à escrita, à leitura labial ou à leitura orofacial.

    Para favorecer a leitura labial, o interlocutor deve se posicionar de frente para a pessoa e falar de forma clara, articulada e devagar.
  6. No contato com pessoas com deficiência física: se a pessoa não precisa de ajuda física, caminhe no ritmo dela ao acompanhá-la.

    É preferível escolher locais sem obstáculos e, se for necessário descer uma rampa íngreme pergunte se a pessoa que utiliza cadeira de rodas prefere que você conduza de frente ou de costas – caso ela concorde, é recomendável fazer o deslocamento em “marcha ré” para maior segurança.

    A cadeira de rodas ou o dispositivo de auxílio a marcha (bengala, muleta, etc.) que a pessoa usa para se locomover é parte do espaço corporal da pessoa, por isso não devemos nos apoiar ou debruçar neles.
  7. No contato com pessoas com deficiência intelectual: busque agir de maneira natural, dirigindo-se a elas durante a conversa.

    No entanto, caso a pessoa tenha dificuldade em compreender,
    direcione-se ao seu acompanhante.
  8. No contato com pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA): ofereça instruções verbais específicas e diretas. Tenha paciência para esperar resposta – não emende uma pergunta/informação na outra.

    Se a pessoa estiver ansiosa, aborrecida ou agitada, ou se o ambiente estiver hiperestimulante, ajude-a a encontrar um local sossegado e seguro para que ela possa se acalmar. Ao chegar neste local, dê privacidade para que ela possa se acalmar como está habituada.