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Em tempos de vacas magras, nada mal criar soluções que barateiem a vida acadêmica sem causar-lhe prejuízos de qualidade. Foi o que ocorreu no ICEx no dia 17 de fevereiro, quando a defesa da dissertação Estudo imuno-histoquímico da expressão de E-caderina e P-caderina em tumores mamários caninos tornou-se a primeira da Faculdade de Medicina a contar com a presença virtual de um integrante na banca. De Portugal, e contando com recursos de teleconferência, o professor Fernando Schmitt, da Universidade do Porto, argüiu a candidata Luciana dos Reis Gomes, que apresentava seu trabalho de mestrado ao programa de pós-graduação em Patologia. Candidata e método foram aprovados com louvor pelo orientador da pesquisa, Geovanni Dantas Cassali. "Considerando as restrições orçamentárias e o alto custo das passagens aéreas e das despesas com hospedagem, este pode ser um mecanismo bastante eficiente para manter a melhor qualidade dos nossos trabalhos, contando com avaliadores externos de comprovada experiência nas diferentes áreas", argumenta. A grande vantagem do método, segundo Geovanni, é poder contar mais facilmente com participação de pesquisadores de alto nível na avaliação dos trabalhos de pós-graduação. Quanto aos riscos, o professor adverte que pode haver limitação de aparelhagem ou de ordem técnica por falha na rede. "Outro possível problema é que o local fora da Universidade precisa dispor de equipamento de videoconferência que siga os padrões internacionais", esclarece. Na defesa de Luciana, o suporte técnico na UFMG ficou por conta Laboratório de Ciência da Computação (LCC), que é coordenado pela Assessoria de Tecnologia da Informação (ATI).