Universidade Federal de Minas Gerais

Extensão deve buscar maior impacto social, diz pró-reitor

terça-feira, 16 de março de 2004, às 11h42

edison.jpg Edison José Corrêa, presidente do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária
A Universidade Federal de Minas Gerais vai sediar, no campus da Pampulha, de 12 a 15 de setembro, o 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, evento promovido pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, com apoio e participação dos fóruns de extensão das instituições superiores de ensino comunitárias e particulares.

Espera-se a participação de 1.500 congressistas de todo o país, entre professores, profissionais, técnicos, pós-graduandos e alunos de graduação, além de representantes da comunidade, de projetos conveniados com as IES, que deverão ser responsáveis pela apresentação de cerca de mil trabalhos de extensão, discriminados nas áreas temáticas de Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia, e Trabalho, além de programas e projetos que versem sobre desenvolvimento regional e que visem a discutir a avaliação institucional da extensão e sua gestão.

O pró-reitor de Extensão da UFMG, Edison José Corrêa, é também o presidente do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Nesta entrevista, ele fala sobre as perspectivas do encontro, cujo site está disponível, a partir de 17 de março, no endereço www.ufmg.br/proex

- Por que o tema "Reconhecer diferenças; construir resultados", como mote do 2º Congresso?

- Trata-se de tentar entender a relação da universidade com o mundo pluridimensional que a envolve, apresentado sob formas de organização social diversas como movimentos populares, organizações não-governamentais, fundações, empresas e órgãos fomentadores de políticas públicas. E a própria diversidade regional do Brasil suscita repercussões diferenciadas no tipo de trabalho a se executar para atender demandas, também diferenciadas. A extensão procura ter como eixo a inserção social da universidade brasileira, mas não como posição hegemônica do saber acadêmico; ao contrário, buscando-se a bilateralidade nas relações com a comunidade. Daí, o convite das universidades públicas às instituições comunitárias e privadas para a organização conjunta desse 2º Congresso. Enfim, o slogan do 2º Congresso reflete o espírito da diferença como base para a eqüidade. Acrescento, ainda, que os trabalhos da extensão universitária devem superar a fase de experiências-piloto, isoladas, buscando sistematização para maior impacto social.

- Qual sua avaliação sobre o estágio de extensão universitária no Brasil nos últimos anos? Quais as perspectivas para o futuro?

- Nesses seis anos consecutivos como pró-reitor de Extensão da UFMG, em constante interação com as outras universidades federais e estaduais, por intermédio do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (NR: o Prof. Edison conclui seu segundo mandato à frente do Fórum em maio próximo), constato um grande avanço e mudanças significativas no perfil da extensão. As universidades vêm trabalhando conceitos unificados, como atuação social deliberada e de impacto – articulada a outras ações desenvolvidas pela sociedade – que objetiva contribuir na superação das atuais condições de desigualdade e exclusão; diálogo com outros setores da sociedade – por meio da troca de saberes e aplicação de metodologias participativas – que visa a contribuir para a democratização do conhecimento e para sua produção, a partir da interação com a realidade; interdisciplinaridade – interação de modelos e conceitos complementares, de material analítico e de metodologias – que busca consistência teórica e operacional para estruturar o trabalho dos profissionais na abordagem da realidade; e articulação com o ensino e a pesquisa de forma institucionalizada – o que reafirma a extensão como processo acadêmico. Nos últimos anos a extensão perseguiu uma terminologia unificada, consubstanciada na padronização de áreas temáticas e linhas programáticas, sob constante acompanhamento de reuniões periódicas para sua avaliação institucional. A partir de experiência pioneira da UFMG, foi criado o Sistema Nacional de Informações de Extensão, banco de dados que envolve programas, projetos vinculados a programas e outros, não vinculados, cursos, eventos, publicações, prestação de serviços institucional e prestação de serviços contratual. Mais de 60 universidades públicas já aderiram ao sistema, on line, que vem subsidiando o Censo da Educação Superior promovido anualmente pelo Instituto Nacional de Ensino Superior (INEP), órgão do Ministério da Educação, possibilitando a inclusão de informações sobre extensão. Também, no final de 2003, a Secretaria de Ensino Superior do MEC destinou, pela primeira vez, financiamento específico para ações de extensão, especialmente para projetos sociais com foco em alfabetização e educação de jovens e adultos, e formação continuada de professores. Foram alocados, nessa primeira fase, 4,5 milhões de reais para cerca de 30 programas e 100 projetos, disseminados pelas cinco regiões do país. Espera-se, agora, a continuidade do PROEXT, com conseqüente aumento de suas verbas. E, para o futuro próximo, verificam-se grandes demandas para a extensão a partir da formatação das políticas sociais dos governos federal e estadual.

- O que a extensão da UFMG pode apresentar positivamente no 2º Congresso?

- A Universidade Federal de Minas Gerais foi escolhida para sediar o evento devido à sua posição consolidada, à gama de sua experiência acumulada em extensão no país. A UFMG foi uma das primeiras a buscar a estruturação das atividades de extensão em programas e formalizá-las como atividades curriculares integrantes do projeto de ensino da instituição. E é de se ressaltar que o movimento da UFMG e de outras IES públicas tem servido de parâmetro para as instituições privadas e comunitárias. No ano passado, no 6º Encontro de Extensão da UFMG, foi exigido dos coordenadores de programas e projetos a elaboração de trabalhos completos para publicação, ao invés de resumos, norma que será mantida no 2º Congresso. Na ocasião, os resultados superaram as expectativas, em quantidade e qualidade. Tenho a certeza de que docentes, técnicos e estudantes bolsistas e voluntários envolvidos com o trabalho de extensão na Universidade saberão como superar o nível, em relação com extensionistas de outras partes do país. Outro fato que agrega valor ao 2º Congresso é a aprovação e patrocínio, pela UNESCO, de livro com melhores trabalhos do encontro, como publicação da linha editorial daquela organização mundial.

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