Fundada e editada pelo professor Orlando Magalhães Carvalho até 1998, ano de sua morte, a revista é distribuída para 3500 universidades em 58 países. A partir do número 88, a ser lançado na próxima segunda-feira, a publicação ganha o status de revista da pós-graduação da Faculdade de Direito. "Assim, recuperamos uma publicação de expressão internacional e garantimos sua perenidade", afirma o professor Aloísio Gonzaga Araújo, diretor da Faculdade de Direito e atual presidente do Conselho de Direção da revista. Segundo o diretor da Faculdade de Direito, a linha editorial da revista será mantida. A proposta ultrapassa o conhecimento exclusivamente jurídico da realidade para abordar, de forma sociológica, o conhecimento do Estado e das instituições políticas de comando e exercício do poder. Homenagens Orlando Carvalho foi reitor da UFMG no período de 1961 a 1964. Membro da Academina Mineira de Letras, ocupou ainda os cargos de diretor do Departamento de Administração Geral do Estado e de secretário de Estado da Educação, durante o governo Milton Campos, no ínicio dos anos 50. Informações para assinaturas: (31) 3224-5856 e rbep@direito.ufmg.br.
A Faculdade de Direito volta a editar este mês uma das mais importantes publicações especializadas em estudos políticos, a Revista Brasileira de Estudos Políticos (RBEP). O relançamento acontecerá no dia 22 de março, às 11 horas, na Faculdade, depois de cinco anos de interrupção numa história de circulação de 42 anos.
Orlando Magalhães Carvalho
O evento de relançamento da revista será também uma homenagem a Orlando Carvalho feita pelo prefeito Fernando Pimentel em nome da cidade de Belo Horizonte. O fundador da RBEP também será homenageado pela Academia Mineira de Letras, por um grupo de ex-professores, alunos e funcionários da atual Fafich e pelo atual Conselho de Direção da RBEP.
Orlando Carvalho é um pioneiro da Sociologia Eleitoral brasileira. "A análise dos resultados eleitorais e de seus reflexos na posição dos Partidos Políticos permitiram a Orlando Carvalho formular conlusões que se converteram em regras da sociologia eleitoral brasileira", afirma Raul Machado Horta no artigo que abre o número 88. Verificando as mudanças da sociedade brasileira nas décadas de 40 e 50, o jurista, além de defender o direito de voto aos analfabetos, pedia a renovação dos partidos de centro, como o PSD e a UDN, que, em sua visão, deveriam adaptar suas estruturas à realidade social da urbanização e industrialização.