Uma mesa-redonda sobre Ciência, tecnologia e trabalho para o desenvolvimento econômico e social deu início nesta sexta-feira, no auditório da Reitoria da UFMG, à programação do 18º Congresso Nacional de Pós-Graduandos, que deve reunir, até domingo, cerca de 120 estudantes de pós-graduação de todo o país. Abrindo os trabalhos, a reitora Ana Lúcia Gazzola elogiou a retomada do papel político da Associação de Pós-Graduandos (APG) e a refundação da seção mineira da entidade. "Especialmente neste momento, há grandes questões políticas diante das quais a APG precisa se posicionar", disse a Reitora, ao citar a proposta de inclusão da educação superior nos acordos de serviços da Organiação Mundial do Comércio (OMC), a reforma universitária, o valor das bolsas de pós-graduação e o orçamento das agências de fomento. Com relação à reforma universitária, afirmou que "2004 é um divisor de águas. A reforma vai sair, mas se for apenas de natureza fiscal, a Universidade pública brasileira será destruída". Ana Lúcia ressaltou também a necessidade de garantir, na discussão do estatuto da Fapemig, que as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) sediadas no estado continuem a se beneficiar com recursos da agência (veja matéria sobre o assunto). Amigos da Ciência Também participaram da mesa-redonda o pró-reitor de pós-graduação da UFMG, professor Jaime Arturo Ramirez, a professora da UFMG Maria Helena de Lima, como representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e Rovilson Sanches Portela, diretor de Relações Institucionais da União Nacional dos Estudantes (Une). O presidente da Associação Nacional de de Pós-Graduandos (ANPG), Luciano Resende, afirmou que a entidade deseja "consolidar o movimento dos amigos da Ciência - dos que defendem a retomada de investimentos maciços em Ciência e Teconologia, por enxergarem a Ciência como necessidade imperiosa para distribuir a riqueza no país".
O presidente da Fapemig, José Geraldo de Freitas Drummond, falou sobre as dificuldades orçamentárias da agência de fomento e sobre a importante presença da Fundação no estímulo à pesquisa no estado, ao longo dos últimos 18 anos.
Resende ressaltou ainda que não basta formar dez mil doutores, mas dar condições à absorção desses recursos humanos.