A equipe do Departamento de Engenharia Mecânica apresentou na tarde da última sexta-feira os dois modelos Mini-baja que representarão a UFMG no SAE Brasil Mini-baja. O evento acontece entre os dias 15 e 18 de abril em Piracicaba, São Paulo. Estavam presentes representantes da Fapemig e da Fundep, que financiaram os protótipos, e das empresas patrocinadoras do projeto. O pró-reitor de pesquisa José Aurélio Bergmann e o diretor da Escola de Engenharia Ricardo Koury também prestigiaram o lançamento dos veículos experimentais off-road. A competição envolve cerca de 50 instituições de ensino de todo o país. Durante os quatro dias da disputa, seus veículos são minuciosamente avaliados, levando-se em conta aspectos da concepção, planejamento e construção dos modelos, informa o chefe do departamento de Engenharia Mecânica, Ramon Molina, um dos orientadores do projeto. Para o diretor da Escola de Engenharia, Ricardo Koury, o projeto é uma oportunidade de aplicação integrada do conteúdo de diversas disciplinas. A UFMG levará dois modelos, o Pacu e o Iron Piau, sendo que o primeiro é um aperfeiçoamento de um carro do ano passado. "Trabalhamos sempre com um veículo novo, que será efetivamente testado na competição, e um modelo adaptado com maiores chances de vitória", afirma Molina. Segundo Aender Lúcio Ferreira, um dos integrantes da equipe, a melhora na metodologia de cálculos e a adoção de materiais mais leves e resistentes como fibra de carbono diminuiu o peso dos veículos em até 20 quilos. Novos amortecedores foram desenvolvidos pela própria equipe que também adotou novo sistema de marchas, conhecido como CVT e que é utilizado em apenas um veículo comercial fabricado no Brasil. Esse sistema resulta, segundo os estudantes, numa gama infinita de marchas. Os veículos foram apresentados numa pista montada junto ao departamento de Engenharia Mecânica. A pista simula as condições da competição nacional e serve também como espaço de teste para os veículos e pilotos. A equipe da UFMG é composta por 21 estudantes que preparam os veículos para as provas estáticas, dinâmicas e para o enduro de quatro horas. "Apesar das dificuldades de orçamento, nossos carros são competitivos e esperamos bons resultados", afirma Aender Lúcio Ferreira.