A propósito da manifestação ocorrida nesta quinta-feira, que provocou inúmeros transtornos às atividades do Campus Pampulha, a Reitoria da UFMG divulgou a seguinte nota: "A comunidade universitária da UFMG foi surpreendida na manhã desta quinta-feira, 15, pelo fechamento de todos os portões do Campus Pampulha, promovido pelo Comando de Greve à frente do movimento que atinge, parcialmente, os servidores técnicos e administrativos dessa Instituição. A liderança do movimento havia convocado, na véspera, apenas a realização de uma manifestação na Portaria nº 1, da avenida Antônio Carlos. A medida provocou não apenas dificuldade de acesso de funcionários, alunos e professores ao local de suas atividades, como também grandes transtornos ao tráfego de pessoas e veículos na região da Pampulha. Tão logo tomou conhecimento da situação, a Reitoria da UFMG entrou em contato com a liderança do movimento, a fim de negociar uma solução para o impasse. As entradas do Campus foram liberadas por volta de 10h. A administração da UFMG — aqui compreendidos a Reitoria e os Conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão — tem reiterado, ao longo dos últimos dias, quando se colocaram em pauta as reivindicações dos servidores técnicos e administrativos das Instituições Federais de Ensino Superior, seu apoio ao justo pleito da categoria, posição também defendida pela Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), entidade atualmente presidida pela Reitora desta Universidade. Entende a UFMG que a greve, legítimo direito dos trabalhadores, não pode servir de pretexto para iniciativas de cunho autoritário e antidemocrático, cuja reiteração só pode comprometer a convivência pacífica e civilizada, componente intrínseco da instituição universitária em qualquer época e lugar. Nesse sentido, adverte que não tolerará que ocorrências como essa voltem a perturbar as atividades rotineiras nos seus campi, reservando-se o direito de tomar as medidas que se fizerem necessárias."
Entretanto, a administração da UFMG deixa claro que, por mais justa que seja a motivação, não pode tolerar iniciativas de caráter violento e unilateral — partam de onde partirem — , especialmente quando resultam em constrangimento ao direito de ir e vir tanto dos membros da comunidade universitária quanto dos cidadãos que se utilizam das vias públicas no entorno dos seus campi .