Sob a coordenação do professor Carlos Ernest Dias, a Escola de Música vai realizar no dia 11 de novembro, às 12h30, aula aberta da disciplina História da MPB para debater Música Popular Brasileira: tradições e tendências. Participarão do encontro os músicos Chico Amaral, que vai falar sobre o cenário pop da música brasileira, Jefferson Santos, para discutir música eletrônica e MPB, e Juarez Moreira, para debater samba, jazz e música instrumental. Cada convidado deverá falar por 20 minutos e, na seqüência, discutirá com a platéia. A aula será realizada no auditório da Escola, no campus Pampulha. Segundo o professor Carlos Ernest, do desejo da coordenação do curso de estabelecer diálogo mais estreito entre a universidade e a cidade, promovendo, a cada semestre, encontro de alunos com alguns expoentes da música em Minas Gerais. "Inicialmente, convidamos esses três músicos por eles terem ampla atuação no cenário musical e jornalístico da cidade", argumenta. Os músicos Juarez Moreira teve sua estréia profissional no grupo do maestro Wagner Tiso, em 1978. Logo depois, tocou ao lado de nomes como Maria Bethânia, Paulo Moura, Milton Nascimento, Nivaldo Ornelas, Lô Borges e Beto Guedes, entre outros. Morou nos Estados Unidos, onde trabalhou com os músicos Steve Sacks e Cláudio Roditi. Tem gravados vários discos e CDs, além de excursionar por países como Argentina, Estados Unidos, Canadá, Japão, Portugal (Lisboa), Itália (Milão) e Finlândia (Vantaa, Tampere e Jyvaskyla). Chico Amaral é uma das principais revelações da música brasileira surgidas nos últimos anos. Músico completo, toca saxofone, flauta, piano e guitarra, compõe e faz letras. Mineiro de Belo Horizonte, estudou violão e teoria na Fundação de Educação Artística e no Conservatório de Música da UFMG. Começou sua carreira no conjunto de choro Naquele Tempo, onde tocou com Altamiro Carrilho e Cartola. Amaral destacou-se para o Brasil como parceiro de Samuel Rosa nas músicas do Skank. Essa parceria rendeu ao grupo a liderança de execuções radiofônicas no país por diversas vezes. Chico acompanhou o Skank, como saxofonista, por vários anos, tanto no Brasil quanto no exterior. Participou de várias turnês; tocou com a banda no Rock ‘n Rio (Rio e São Paulo), festival de Montreux (Suíça), e em inúmeras cidades de todo o mundo. Além do Skank, participou do trabalho de vários artistas, em shows ou disco. Tocou com Marcus Viana em seu grupo Sagrado Coração da Terra; gravou com Lulu Santos no disco Assim Caminha a Humanidade; tocou em show com Jorge Benjor. Como compositor foi gravado por diversos nomes da MPB, como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Cidade Negra. Jovens artistas mineiros também gravaram suas músicas – Alda Resende, Angela Evans, Marina Machado, Kadu Viana, Amaranto, entre outros. Chico Amaral compôs com muitos artistas, além de Samuel Rosa. Entre seus parceiros estão Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Ed Motta, Tunai, Affonsinho, Flávio Henrique e Juarez Moreira. Sua parceria com Milton Nascimento, Pietá, foi indicada para concorrer como melhor canção no Grammy latino de 2003. Ganhou o prêmio Multishow para a melhor canção de 2004, com a música Vou Deixar, em parceria com Samuel Rosa. Atualmente escreve no jornal Estado de Minas a coluna semanal Música. Produtor É também produtor artístico dos projetos Balaio Brasil, Samba do Bem e Samba Tereza., além de produtor e coordenador das turnês brasileiras dos grupos ...And You Will Know Us By The Trail of Dead, Asian Dub Foundation, Atari Teenage Riot, Cat Power, Damon & Naomi, DFL, Fugazi, Jon Spencer Blues Explosion, Lagwagon, Lemonheads, Luna, Man Or Astro-Man?, Mogwai, Mudhoney, NOFX, Seaweed, Shannon Wright, Stephen Malkmus & The Jicks, Stereolab, Superchunk, Tortoise, Trans Am, Yo La Tengo. Produz, ainda, shows musicais com artistas de samba (João Nogueira, Nelson Sargento, Velha Guarda da Mangueira, Walter Alfaiate), rock (Nação Zumbi, Mundo Livre SA, Sepultura, Marky Ramones & The Intruders, CPM22, Dead Fish), hip hop (Black Soul, Delinquent Habits, Roger Moore, ) e música eletrônica (Anvil FX, Anderson Noise, Chris Liebing, Marky, Zinc). Sua experiência profissional inclui, ainda, atividades como criação e edição da coluna Pop Up do jornal Estado de Minas, atualização do capítulo Minas Gerais do Fodor’s Guide Brasil/Gold Edition, criação e edição das seções Techno, Indie & Pendentes e Utererômetro do jornal O Tempo, crítico musical e colaborador das revistas Panacea, Rock Press, Showbizz, Palavra e Revista da MTV, além de ser colaborador dos jornais Hoje em Dia e Diário da Tarde (1997-1998) e co-autor do livro BHRIF: Guia dos Independentes, dentre outras múltiplas experiências. Outras informações pelos telefones 3409-4719 e 8801-0961, ou pelo e-mail carlosed@musica.ufmg.br.
Nascido em Guanhães, Minas Gerais o violonista, compositor e arranjador Juarez Moreira é autodidata e aprendeu a tocar violão aos 12 anos. Em Belo Horizonte conheceu Toninho Horta, Yuri Popoff e André Dequech – músicos com os quais desenvolveu vários trabalhos. Fez parte do grupo Vera Cruz, formado por Yuri, Mauro Rodrigues, José Namem e Neném.
Jefferson Carlos dos Santos é sócio do evento Casa Ototoi, curador do festival Conexão Telemig Celular de Música – Novos Movimentos na Música Mineira, diretor artístico e produtor do evento Som na Arena Telemig Celular, diretor artístico do festival Coca-Cola Music, sócio, produtor e diretor do Eletronika – Festivais de Novas Tendências Musicais, diretor de palco do festival Coca-Cola Savassi Jazz & Lounge, idealizador e produtor dos festivais Arde Cuore e Indie Rock Brasil.