Universidade Federal de Minas Gerais

Divulgação
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Crianças nadando no rio Jequitinhonha, em foto que integra a exposição Territórios

Trajetórias expõe experiências do Programa Pólo Jequitinhonha

terça-feira, 23 de novembro de 2004, às 15h14

Foram oito anos até que a canoa aportou. Dentro dela, um rio, o Jequitinhonha, e um conjunto de ações da UFMG pelo seu vale. Um pedaço desta história estará à mostra, na exposição Trajetórias, uma parceria entre a Pró-reitoria de Extensão (Proex), a Diretoria de Ação Cultural (DAC) e a Fundep.

Dividida em dois momentos, a exposição conta um pouco das experiências vividas pelos integrantes das cinco áreas temáticas do Programa Pólo Jequitinhonha, destinado às ações transdisciplinares de melhoria da condição de vida da população do vale.

A exposição recebe a curadoria do professor Fabrício Fernandino e está dividida em dois movimentos sobre o rio. Um lado da margem estará reservado ao artesanato local, cerâmicas antigas pertencentes ao acervo do Museu de História Natural, além de fotografias artísticas executadas a partir de uma imersão de artistas da UFMG, no universo dos dez municípios atendidos pelo projeto.

Do outro lado, os cinco afluentes do Programa. Desenvolvimento Regional e Geração de Ocupação e Renda, Saúde, Cultura, Educação e Meio Ambiente estarão divididos em espaços especiais, onde o visitante poderá mergulhar no curso das atividades desenvolvidas, através da exposição de materiais implementados na região e fotografias temáticas. Tudo estará costurado por esta terceira margem que é o povo do Jequitinhonha, uma população que tem aprendido a se fortalecer a partir do rio.

Segundo Fabrício, Trajetórias, além de aspectos da vida do Jequitinhonha, como seu artesanato, apresenta alguns reflexos do trabalho desenvolvido pelo Pólos na região. "Vamos expor objetos e fotos mostrando a riqueza que é o Vale, onde estão exemplos belíssimos de otimismo, de trabalho e de alegria", resume o curador, lembrando que a mostra encerra o ano de exposições do Saguão da Reitoria.

A abertura da exposição será no dia 26 de novembro às 18 horas no saguão da Reitoria, coincindo com outras atividades do Programa como o lançamento dos livros A responsabilidade social da administração pública na efetividade dos direitos humanos: um relato de uma pesquisa – ação da efetividade dos direitos de crianças e adolescentes na microregião do Médio Vale do Jequitinhonha (MG) e Voz e Arte dos professores e alunos de Escola Estadual Coronel Coimbra – Carbonita - MG, coordenado por Isaura Aparecida Oliveira e Maria Júlia de Aguilar, sobre o Patrocínio da Fundação Belgo Mineira e Caf – Santa Bárbara Arcelor e consultoria da professora Sônia Maria de Melo Queiroz (Fale/UFMG). Além disso, acontece, no mesmo dia, o seminário Visões do Vale sobre as práticas sociais no Vale do Jequitinhonha.

A exposição pode ser visitada até o dia 16 de dezembro.

Voz e arte
Durante dois meses (maio e junho de 2003), os alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Coronel Coimbra, da cidade de Carbonita, entrevistaram artistas locais, registrando impressões sobre cada relato.
Em seguida, professores de Letras, Artes e História, estimularam produções de texto sobre a experiência desses estudantes, num resultado que pode ser conferido no livro Voz e Arte (44p), a ser lançado no dia 26 de novembro no Saguão da Reitoria da UFMG, Campus Pampulha.

Na obra, personagens como Seu Joaquim do Capoeirão, José Darci da Silva, Joãozinho Capoeirão, João de Oliveira Morais, Natividades dos Santos Vieira, Aparecida Cordeiro Lopes (artesã de barro), Rita Pereira de Morais (artesã e rendeira), são descritos e reescritos, numa valorização refletida pelo olhar atento das crianças.

Administração pública e direitos humanos
Desenvolvido com o intuito de divulgar as ações da Faculdade de Direito da UFMG dentro do Programa Pólos do Jequitinhonha, o livro A responsabilidade social da administração pública na efetividade dos direitos humanos: um relato de uma pesquisa – ação da efetividade dos direitos de crianças e adolescentes na microregião do Médio Vale do Jequitinhonha (MG) (Belo Horizonte, Editora Movimento Editorial, 144p, 2004), traz o desafio dos seus integrantes para desenvolver projetos num campo pouco utilizado no universo jurídico, o da pesquisa-ação.

A obra apresenta o trabalho de articulação e de integração da sociedade civil organizada com as administrações públicas municipais, revelando com destaque a responsabilidade social desses segmentos no trato e no enfrentamento dos problemas que tocam a violação dos direitos humanos de crianças e adolescentes.

Verifica-se, neste trabalho, o esforço em diagnosticar o reconhecimento e a prática do Estatuto da Criança e do Adolescente e os problemas que são gerados com o seu descumprimento.Trata-se do encerramento de uma etapa que será prosseguida pela prevenção e enfrentamento de violências contra crianças e adolescentes, com o apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

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