Ensino, pesquisa e extensão unidos no mesmo projeto. Esse é o tripé que sustenta o Educonle, curso Educação Continuada de Línguas Estrangeiras, promovido pela Faculdade de Letras (Fale). Destinado a professores de inglês ou espanhol que atuam nas redes de ensino municipal e estadual, o curso pretende fornecer capacitação lingüística para os profissionais, estudo de práticas pedagógicas e metodologias de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras. Alunos da graduação, da pós e professores estão envolvidos no projeto. As aulas são dadas pelos graduandos, sob orientação dos professores ou dos pós-graduandos em estudos linguísticos, que também realizam pesquisas para suas teses. "Nesse sentido, o Educonle congrega os três pilares da Universidade. Ao lecionar, o aluno da graduação adquire prática de ensino; os alunos da pós-graduação se deparam com um campo fértil para suas pesquisas e os professores da rede pública personificam a extensão", argumenta a coordenadora. Quatro teses de pós-graduação já foram concluídas com estudos realizados a partir do Educonle. As inscrições para 2005 estão abertas. Elas podem ser feitas até o dia 17 de dezembro, das 14 às 17 horas, na sala 4015 da Fale. É necessário apresentar Curriculum Vitae, declaração da escola comprovando vínculo como professor de língua estrangeira, cópia do diploma de graduação em Letras e uma justificativa explicitando porque deseja fazer o curso. Entre os dias 10 de fevereiro e 11 de março de 2005 haverá segunda chamada para inscrições. Mais informações pelos telefones 3409-6006 e 3409-5124.
Gratuito, o curso surgiu a partir das experiências do projeto Ações e percepções de professores e alunos na sala de aula de Língua Inglesa, coordenado pelas professoras Deise Dutra e Heliana Mello, que pesquisa e discute com professores da rede pública de ensino os problemas e dificuldades de se lecionar língua estrangeira. O Educonle procura entender o contexto e as necessidades de cada professor e de seus alunos para construir, ao longo do processo, as práticas adequadas a cada realidade. "Não adianta darmos coisas prontas. Pesquisamos quem são os alunos desses professores, quais seus interesses, quais práticas utilizadas deram certo e quais não e porque", explica Deise, ressaltando que o trabalho procura aliar teoria e prática, propondo alternativas de trabalho.