Uma aula de escultura, entre esculturas, aberta ao público. Assim os alunos dessa disciplina, da Escola de Belas Artes da UFMG, vão fechar o ano letivo, ao mesmo tempo em que abrem, nesta terça-feira, 7, às 9h, na galeria de artes da própria escola, no Campus Pampulha, a sétima edição de sua Mostra Desenvolvimento, quando os próprios alunos, professor e visitantes poderão refletir sobre os trabalhos realizados. “A palavra traz a idéia do progresso. Desenvolver, fazer crescer, progredir. O trabalho é uma mistura de compenetração e barulho. E é envolvidos por esse ambiente que, no ateliê da Escola de Belas-Artes, os escultores se preparam para essa mostra”, diz o escutor e professor Fabrício Fernandino, também curador da exposição. Processo O resultado destas etapas fica exposto num movimento que segue uma rota dura, culminando nos desafios da montagem da exposição. “É uma experiência interessante porque temos que analisar de que forma as conversas entre trabalhos são estabelecidas, em cada momento temos que pensar se vamos relevar o material, a temática, ou o espaço” conta Daniel Mendes, aluno do Ateliê 1. Prática O estudante Léo Preto emenda que mostras como essa acabam abrindo caminhos para os artistas, colocando em cheque o enfrentamento de novos desafios, mas com uma pitada maior de segurança, por ter passado por esta primeira experiência. “Ao expor pela primeira vez, tivemos que enfrentar o ambiente asséptico da galeria. Em seguida, fomos convidados para expormos na Biblioteca Central e em São João Del Rei. Foram situações diversas, momentos em que tivemos que reavaliar nossas condições diante de espaços tão diferentes” afirma Léo revelando como caminha um artista em “desenvolvimento”. Artistas Ateliê 1 Adriana Carvalho Ateliê 2 Leo Preto A mostra Desenvolvimento VII segue até o dia 17 de dezembro, aberta à visitação de 9h às 19h, na Escola de Belas Artes, campus Pampulha.
O processo começa na oficina de Ateliê 1, onde o aluno cria um projeto para o semestre. “É o início de um olhar singular lançado sobre o mundo. E o mundo vai se transformando a cada instante, na pedra, na madeira, no ferro, no plástico, na argila, no vidro, nas mãos dos escultores”, explica Fernandino. Em seguida, o desdobramento da empreitada no Ateliê 2. Em foco, um novo projeto, que pode ter relação direta ou não com a experiência anterior.
Outra prática importante da exposição, reside na sua abertura. Neste espaço, ocorre uma aula aberta, onde professor, alunos e visitantes fazem uma avaliação sobre os trabalhos. “É muito interessante poder se abrir ao público externo, desmistificar essa áurea do artista intocável. Nós sofremos na produção como qualquer profissional sofre, com um adendo que temos a todo tempo que exorcizar o medo de nos expormos, especialmente quando estamos sujeitos à crítica dos alunos da própria escola”, explica Wander Quintão, integrante do Ateliê 2.
Altivo Duarte
Bárbara Pires
Clóvis Damascena
Daniel Mendes
Eduardo Felix
Kelly Abreu
Patrícia de Paula Pereira
Paulo Pinheiro
Rômulo Lagares
Rosimary Freitas
Wander Quintão