Será lançada hoje em Brasília a Rede de Conexões de Saberes entre a Universidade e Comunidades Populares, um programa que vai dar bolsas a alunos de universidades federais residentes em favelas e periferias para projetos que aproximem as instituições de ensino de seus territórios de origem. A Rede é uma iniciativa do Departamento de Desenvolvimento e Articulação Institucional, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, do Ministério da Educação, em parceira com o Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. Na primeira fase, serão escolhidos 125 estudantes da UFMG, UFF, UFRJ, UFPE e UFPA para monitorar e avaliar impacto das políticas públicas desenvolvidas nos espaços populares e contribuir na formação de novas lideranças sociais em suas regiões metropolitanas. Todo esse trabalho terá a consultoria do Observatório de Favelas, do Rio de Janeiro. Os 25 alunos-bolsistas da UFMG, com prioridade para os de menor renda familiar, serão escolhidos pela Pró-Reitoria de Extensão a partir de janeiro. Também um coordenador e um articulador do projeto terão bolsas financiadas pelo MEC. Cada universidade deverá organizar encontros e atividades educacionais/culturais que contribuam para elaboração de propostas de políticas públicas para o ensino superior e pesquisas específicas em territórios populares. Serão priorizados diagnósticos de políticas sociais dirigidas para crianças e adolescentes, especialmente de famílias socialmente mais vulneráveis. Os integrantes do projeto deverão também propor medidas para maior acesso e permanência dos estudantes oriundos de favelas e periferias nas instituições de ensino superior. Dentro de um ano, o projeto será avaliado e deverá ser estendido às outras capitais brasileiras.