O Hospital São Geraldo da UFMG começou, em fevereiro, a realizar atendimento oftalmológico em crianças das redes municipal e estadual de Belo Horizonte. Resultado de convênio assinado pela Prefeitura da capital e pelo Hospital das Clínicas, a parceria prevê a realização de consultas em cerca de cinco mil alunos, em fase de alfabetização, de 208 escolas públicas, com o objetivo de prevenir e identificar problemas oftalmológicos. O trabalho começou em caráter definitivo no dia 21 de fevereiro, com o atendimento de 50 crianças da Escola Municipal Monsenhor João Rodrigues Oliveira, no bairro São Geraldo, e da Estadual Helena Penna, na Sagrada Família. Segundo o professor André Aguiar, chefe médico do Serviço de Oftalmologia do Hospital São Geraldo, o atendimento prestado a cada criança cadastrada no programa consiste em uma consulta oftalmológica completa. Além da anamnese, entrevista feita pelo médico que antecede e orienta o seu exame clínico, o procedimento inclui exames de ectoscopia (para verificação de alterações de fácil percepção pelo médico a olho nu), de definição de grau, de motilidade ocular (que identifica a presença de estrabismo), de fundo de olho (nervo óptico e retina) e de biomicroscopia (exame detalhado do segmento anterior do olho). O Hospital São Geraldo reservou dez oftalmologistas e quatro consultórios que funcionam de segunda a sexta-feira, sempre de 13 às 17 horas. Esta estrutura está preparada para realizar 50 consultas diárias. "Em três ou quatro meses atenderemos todas as crianças cadastradas", calcula o professor André Aguiar, garantindo que a rotina de trabalho do São Geraldo não será comprometida pelo atendimento previsto no convênio recentemente assinado. Para custear o programa, o Hospital São Geraldo receberá recursos de R$126 mil, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A coordenadora do programa pela Secretaria de Educação de Belo Horizonte, Kênia Aguiar, explica que a iniciativa também garantirá óculos para crianças com problemas visuais e tratamento para aquelas que apresentarem doenças oftalmológicas que exijam acompanhamento mais detalhado.
As primeiras consultas, realizadas no dia 16 de fevereiro, ocorreram em caráter experimental, pois beneficiaram apenas 12 alunos de duas escolas da região leste da capital: Estadual Barão de Macaúbas, no bairro Floresta, e Municipal Emídio Berutto, em Santa Inês. O objetivo delas foi avaliar o fluxo dos atendimentos e otimizar o tempo gasto entre os diversos exames aos quais as crianças serão submetidas.
(Com Assessoria de Imprensa do HC)