Éber Faioli |
Como parte da programação do V Encontro Internacional de Performance, promovido, em Belo Horizonte, de 11 a 19 de março, através de parceria entre a UFMG e o Instituto Hemisférico de Performances Política das Américas, a Diretoria de Ação Cultural da Universidade reservará ao público atrações artísticas especiais. Uma exposição e uma instalação, localizadas, respectivamente, no saguão e na área externa da Reitoria, irão explorar a temática da performance como instrumento. "As obras buscam retratar a interação corpo/espaço, corpo/objeto, corpo/divino e a concretização deste jogo em arte. Cada mostra busca elevar esta idéia de performance na sua face completa, na manifestação da sua evidência múltipla", ressalta o professor Fabrício Fernandino, diretor de Ação Cultural da UFMG e autor da instalação Megalítico, que estará aberta à visitação, a partir de 11 de março, em frente à Reitoria. Povo Maxacali Além dos objetos indígenas, a exposição conta com obras de Frans Krajcberg, artista plástico que revela, na natureza devastada, a violência humana. Em seu seu trabalho, nas palavras de Fabrício Fernandino, reside a denúncia de um "Narciso molestado, do homem que se vê perdido na agressão de si mesmo, pelos despojos do seu ambiente". Megalíticos O nome da exposição, Megalíticos, recupera o que há de mais ancestral no homem, o seu estado primitivo, memórias de um tempo remoto. A fusão entre pedra e poesia procura, segundo Fabrício Fernandino, "estabelecer a conquista do harmônico, sua ascensão à fronteira entre o espaço e o corpo, entre a Terra e o humano". Exposição:Fragmentos de uma nação: o povo Maxacalí Instalação: Megalíticos Leia reportagem sobre o V Encontro Internacional de Performance. A programação completa do evento pode ser conferida na Internet.
No espaço expositivo da Reitoria, será aberta, às 19 horas do dia 11 de março, a exposição Fragmentos de uma nação: o povo Maxacali, cujo curador é o professor Fabrício Fernandino. Exemplo da resistência de uma cultura através de seus objetos, composta de armamentos e utensílios indígenas pertencentes ao acervo do Museu de História Natural da UFMG, a mostra, que segue até 5 de abril, busca recuperar fragmentos da memória de um povo ameaçado de desaparecer. Nela, pode-se observar a força da tribo Maxacalí, que perfaz, a partir de sua história, o percurso da própria nação indígena brasileira, por séculos aviltada pela conquista dos brancos.
A essência da Terra, representada por rochas, que em seu estado quase puro transmitem a idéia de força, energia que repousa, estática e solene. Assim pode ser definida a instalação Megalítico, homenagem poética de Fabrício Fernandino ao planeta. A cerimônia de abertura à visitação da obra, que será exposta no espaço externo da Reitoria da UFMG, acontece às 19h30 do dia 11 de março. Haverá, na ocasião, ritual de boas vindas dos Caiapós.
Local: Espaço Expositivo da Reitoria UFMG
Data: 11 de março a 5 de abril
Abertura: 19 horas
Local: Espaço externo da Reitoria UFMG
Data: 11 de março a 5 de abril
Abertura: 19h30, através de Ritual de boas vindas dos Caiapós