Uma chuva de pouco mais de meia hora que caiu na tarde desta terça-feira, dia 15, na região da Pampulha, foi suficiente para alagar trecho de 300 metros da Avenida Mendes Pimentel, entre a Praça de Serviços e o prédio da Fafich, no campus. Pelo menos um automóvel que travegava no cruzamento entre a Mendes Pimentel e a rua Professor Eduardo Frieiro foi danificado pela enchente. Comuns na região da Pampulha desde o início dos anos 90, as cheias são provocadas pelo transbordamento da galeria do córrego do Engenho Nogueira, que corta o campus e inunda também o aeroporto da Pampulha, informa o pró-reitor de Administração, Luiz Felipe Vieira Calvo. Segundo ele, a solução está na construção de uma barragem de contenção de cheias em área dentro da Universidade - no cruzamento entre a avenida Carlos Luz (Catalão) e o Anel Rodoviário. O projeto da barragem foi elaborado em 1995 pela própria UFMG e aprovado pela Prefeitura de Belo Horizonte, que se comprometeu a executá-lo. "Firmamos um convênio com o município, que acabou caducando, e a obra continua no papel", diz Luiz Felipe Calvo, que estima em R$ 3 milhões o custo de execução do projeto.
Ele conta que, recentemente, a barragem foi incluída no Drenurbs, programa municipal de saneamento ambiental de córregos, que prevê, entre outras ações, a realização de obras de drenagem pluvial e urbana e de reservatórios para controle de inundações. Mas ainda não há previsão de execução das obras, que dependem de financiamento externo.
Obra no ICEx
Até o ano passado, o problema das cheias na área central do campus Pampulha era ainda mais grave. Além de inundar as vias públicas, as águas invadiam o ICEx. Depois de enchente no início de 2004, a Universidade decidiu executar uma obra de contenção de cheias no prédio. "Desde então, o ICEx não enfrenta mais problemas com as chuvas", garante Luiz Felipe. A obra custou cerca de R$ 300 mil.