O V Encontro Internacional de Performance, encerrado no último sábado, dia 19, em Belo Horizonte, foi considerada a melhor entre as cinco edições realizadas até agora. A qualidade das oficinas, mesas-redondas, conferências e performances foi destacada pelos participantes, diz a professora Leda Martins, da Faculdade de Letras da UFMG, e uma das coordenadoras do encontro. "Todos saíram satisfeitos", diz a professora, citando, como exemplo, o caso das dez etnias indígenas brasileiras representadas durante o evento. "Eles ressaltaram o respeito dispensado aos índios, dizendo que raras vezes foram tratados com tanta dignidade", lembra. Algumas fotos podem se vistas no endereço http://www.ufmg.br/performance/fotos.htm.
Cerca de 300 pessoas participaram das atividades, sendo 200 vindas da Nova Zelândia e de países da América. Leda Martins conta, ainda, que o evento recebeu a visita de importantes autoridades, como representantes da Unesco, da Fundação Ford, pró-reitores de outras universidades, além dos apoiadores, parceiros e patrocinadores. Para a coordenadora, o principal objetivo do encontro se concretizou. "As pessoas trocaram experiências, se conheceram, divertiram-se juntas. E o importante é que a cidade também correspondeu, o público participou. Todos as performances contaram com grande número de pessoas", avalia Martins.
Opinião semelhante tem a professora Diana Taylor, da Universidade de Nova Iorque. "O nível de compreensão e dos trabalhos dos participantes foi muito alto. O mais importante é que houve a circulação do saber", destaca Taylor.
O V Encontro Internacional de Performance foi organizado pela UFMG, em parceria com o Instituto Hemisférico de Performances e Políticas das Américas, da Universidade de Nova Iorque. Entre os artistas e grupos que passaram por palcos de Belo Horizonte, no período de 11 a 19 de março, estão a atriz mexicana Jesusa Rodriguez; Susana Baca, cantora peruana vencedora, em 2002, do Grammy Latino, na categoria World Music; e os grupos mineiros Galpão e Giramundo.