O Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) realiza, na próxima quinta-feira, 5 de maio, às 9 horas, na Sala de Sessões da Reitoria da UFMG, reunião preparatória para organização da agenda de atividades do professor Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional da UFRJ, que será responsável, na Universidade, pela Cátedra Fundep/Ieat na área de Humanidades. A convite do Ieat, Viveiros permanecerá na UFMG de 10 de maio a 8 de junho e terá como anfitrião acadêmico o professor Ruben Caixeta, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Fafich. Na reunião, aberta aos pesquisadores da UFMG, Caixeta apresentará aos participantes o trabalho desenvolvido por Viveiros de Castro. Durante sua permanência em Belo Horizonte, estão previstas atividades como seminários com especialistas, visitas a unidades acadêmicas e a grupos de pesquisa, palestras e uma grande conferência, esta marcada para o dia 18 de maio. Os pesquisadores da UFMG interessados em participar da reunião para organização da agenda de Eduardo Viveiros devem confirmar sua presença, no Ieat, através dos telefones (31) 3409-5509 ou 3409-4123. “Pensamento selvagem” Em seus estudos, Viveiros lida com a questão das filosofias indígenas, vistas como novo saberes e contrapontos filosóficos à hegemônica civilização ocidental. A partir deste referencial, os conceitos de multinaturalismo e multiculturalismo, em seus aspectos de convergência e divergência, são trabalhados para pensar e incluir novos aspectos do fazer científico, cultural e artístico. O estudo das sociedades indígenas é muito importante no conjunto da obra do professor Viveiros de Castro, que pode ser considerado tradutor e experimentador do “pensamento selvagem". Nessa posição, ele passa a ser um agente de convergência de diversas culturas, o que propicia condições para que sejam repensados termos tradicionais de relação e oposição, como cultura e natureza, corpo e espírito.
O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro é antropólogo de projeção internacional e trabalha no Museu Nacional da UFRJ. Sua contribuição científica concede nova dimensão à oposição entre "ciência" e "pensamento selvagem", conceito estabelecido por Claude Lévi-Strauss, um dos mais importantes intelectuais do século 20.