O Ministério da Educação promove nesta quarta, dia 11, e quinta, 12 de maio, o 1º Seminário sobre Educação Superior e Envelhecimento Populacional. O evento, que reunirá em Brasília dirigentes e especialistas universitários, discutirá políticas de apoio a projetos de promoção do envelhecimento saudável, o envolvimento das instituições de ensino superior e o aperfeiçoamento de profissionais e pesquisadores ligados à questão do envelhecimento. Durante os dois dias, os participantes assistirão a palestras sobre temas referentes ao envelhecimento, com debates no final. O objetivo é sensibilizar e dimensionar o problema, analisando-o sob diversas perspectivas, permitindo assim o esboço de políticas de diretrizes relacionadas à educação superior e ao envelhecimento populacional no Brasil. O primeiro dia será dedicado aos aspectos demográficos; no segundo, as mesas-redondas focalizarão a formação profissional nas diferentes áreas do conhecimento e o envelhecimento da população brasileira, envolvendo áreas como economia, direito, ergonomia e educação. Desafio "Muitas universidades ainda não estão preparadas para enfrentar a realidade de que a população brasileira está envelhecendo", argumenta o professor. Mas, segundo ele, a UFMG pode ser considerada uma exceção nesse cenário, graças à forma como os grupos que trabalham com envelhecimento na instituição estão organizados. Eles estão sob o "guarda-chuva" do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Universidade - que o próprio Edgar de Morais coordena - e que agrupa especialistas e profissionais de ensino, pesquisa e extensão que lidam com a questão do envelhecimento. A UFMG também é reconhecida pelo seu trabalho de atenção a pessoas da terceira idade. O Centro de Referência do Idoso, sediado no Hospital das Clínicas, é o primeiro de Minas Gerais credenciado pelo governo federal a desenvolver políticas de atendimento ao idoso. O centro, inclusive, é responsável pela avaliação e inclusão de pacientes no programa de tratamento do Mal de Alzheimer no Estado. (Com informações da Assessoria de Comunicação do MEC)
Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, o que acarretará profundas transformações econômicas, políticas, sociais, éticas e familiares.
A UFMG será representada no seminário pelo professor Edgar Nunes de Morais, do departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina. Para ele, o grande desafio das universidades é incluir conteúdos de geriatria e gerontologia nos currículos de seus cursos da área de saúde.