Universidade Federal de Minas Gerais

Eber Faioli
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Em conferência na UFMG, pesquisador Eduardo Viveiros de Castro revela novos olhares olhares sobre a Antropologia

Viveiros de Castro defende pensamento "indisciplinado" em conferência na UFMG

quarta-feira, 18 de maio de 2005, às 18h11

O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizou, na manhã desta quarta-feira, dia 18, conferência no auditório da Reitoria, campus Pampulha da UFMG. Ele foi convidado a inaugurar a Cátedra de Humanidades do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinates (Ieat) da UFMG.

Viveiros abriu sua conferência dizendo-se surpreso com o convite, uma vez que a Antropologia é uma disciplina historicamente marginalizada pela ciência oficial. “A Antropologia sempre foi vista como a ciência da superstição, da crença, da não-ciência”, ou um "pensamento indisciplinado", afirmou.

Na mesa de abertura, o reitor em exercício, Marcos Borato Viana, deu as boas-vindas ao catedrático, e fez referência à necessidade de a academia transpor as disciplinas. “A UFMG tem avançando bastante nessa área e ainda tem muito a crescer”, disse. Borato anunciou a institucionalização do IEAT, recentemente aprovada pelo Conselho Universitário. Sobre o assunto, o diretor-presidente do Instituto, professor Alfredo Gontijo afirmou que a prioridade agora é a construção de sede própria, com infra-estrutura que permita ao IEAT trabalhar projetos de pesquisa.

Ao apresentar o catedrático ao público, o professor Rubem Caixeta, do departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG, ressaltou a repercussão internacional do pensamento de Viveiros de Castro. Afirmou que, embora sua formação acadêmica tenha se dado totalmente no Brasil, Viveiros atua, desde 1991, como professor convidado nos mais importantes centros de Antropologia do mundo, em universidades dos Estados Unidos, Inglaterra e França, tendo recebido prêmio da academia francesa em 1998.

"Antropologia da imaginação"
Durante a conferência, o antropólogo propôs uma nova prática da Antropologia, que ele define como “ciência de indisciplinados, sobre indisciplinados, para indisciplinados”. Segundo Viveiros, a relação entre “antropólogo” e “nativo” deve se basear na equivalência de direitos: o estudioso não deve lançar sobre seu objeto de estudo um olhar contaminado pela sua própria cultura: “A antropologia deve reconhecer os problemas específicos de cada cultura, não encontrar soluções para problemas impostos pela sua cultura”, disse.

Viveiros de Castro defendeu uma teoria antropológica da imaginação, em que o relativismo dê lugar à multiplicidade. O grande desafio não é, portanto, lançar sobre o índio um olhar antropológico, na tentativa de racionalizar sua cultura e seus costumes. Antes, cabe à Antropologia respeitar o olhar do índio, enquanto “condição de um mundo possível”. “Respeitar não é tolerar. Quem gostaria de ser tolerado? Respeitar é relacionar. Em Antropologia, todas as relações são possíveis. Só uma é impossível: a ausência de relação”, declara o antropólogo.

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