O Ministério da Educação (MEC) promove na próxima segunda-feira, 30 de maio, o lançamento da segunda versão do anteprojeto da Reforma da Educação Superior. O evento será aberto pelo ministro Tarso Genro e transmitido do auditório do MEC em Brasília, das 11h às 12h, ao vivo, para todo o país, pelo canal NBr da Radiobrás. A apresentação também poderá ser acompanhada pela Internet, por meio do sítio da Radiobrás. UFMG debate Já a presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de Minas Gerais e estudante de Comunicação Social da UFMG, Luana Bonone, espera ver incorporada no novo texto a proposta da União Nacional dos Estudantes (UNE) para assistência estudantil. "O Ministro Tarso Genro garantiu que essa questão seria incluída", conta Bonone. Outras questões importantes, na visão da presidente, são o controle da lei de mensalidades e o marco regulatório nas universidades privadas e a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade nas universidades federais e estaduais. Processo O anteprojeto recebeu 67 emendas de organizações e indivíduos. A população também pôde participar do debate por intermédio do Fala Brasil, canal direto de comunicação entre o MEC e a sociedade, pelo telefone 0800-616161.
Serão destinados 20 minutos para que os dirigentes do MEC respondam a perguntas de telespectadores e internautas. As questões podem ser enviadas, a partir das 11 horas, por correio eletrônico, ou para o fax (61) 2104-9277.
A comunidade universitária da UFMG aguarda com expectativa o lançamento da segunda versão da reforma. O presidente da Associação dos Professores Universitários da UFMG (Apubh), Robson Mendes Matos, está interessado em saber o que mudou no texto sobre controle das universidades privadas, autonomia universitária e financiamento federal e regras que diferenciem centros universitários de universidades. "Outro ponto importante diz respeito às cotas. Achamos que deveria haver melhorias no texto, como acompanhamento para alunos com deficiência e projetos de permanência desse aluno nas universidades", disse o professor.
O novo texto é resultante de um processo de discussões que vem se realizando desde março do último ano. Ao todo, mais de 230 entidades acadêmicas, científicas e da sociedade civil organizada participaram das discussões em centenas de eventos promovidos pelo MEC e pelas instituições.
A Reforma Universitária foi tema de programas de TV, trabalhos em salas de aula, e de um fórum criado pelo MEC na página eletrônica que armazena documentos sobre o anteprojeto. No Orkut, comunidade virtual da Internet, há seis grupos que analisam a Reforma Universitária, com participação de milhares de internautas. (Com Assessoria de Comunicação do MEC)