Oswaldo Afonso/Divulgação |
Um manifesto em defesa das políticas públicas de saúde e do Sistema Único de Saúde vai ser divulgado nesta terça-feira, no encerramento do 6º Congresso Nacional da Rede Unida, que acontece desde o último domingo, 3, na campus Pampulha da UFMG. A Carta de Belo Horizonte será submetida a discussão durante a Plenária Final do congresso e registra a preocupação com as repercussões da anunciada reforma ministerial sobre as políticas atualmente implementadas pelo Ministério da Saúde. O tema marcou a maior parte das discussões durante o evento. Após a discussão, a Carta de Belo Horizonte será votada pelos congressistas. No documento, os membros da Rede enfatizam que as políticas de saúde públicas são fundamentais para a construção de uma sociedade mais democrática e que a manutenção do SUS deve ser uma prioridade de Estado, e não de governo. Segundo João Campos, eleito ontem novo coordenador nacional da Rede Unida, a discussão durante a plenária final vai destacar ainda os principais ponto do plano de ação da Rede e apontar para a continuidade e avanço do trabalho desenvolvido pela entidade. A Carta de Belo Horizonte elege como principais desafios do país no campo da saúde as indefinições sobre carreiras, cargos e salários, as dificuldades dos processos de trabalho e a insuficiente formação profissional. "É preciso continuar a formação de profissionais de saúde mais voltados para reais necessidades da população e para atuação do SUS. O grande desafio é como avançar na consolidação dessas mudanças na educação profissional", avalia o novo coordenador. Nova direção Por ser um movimento social, ou seja, uma reunião de projetos, instituições, idéias e pessoas, a Rede Unida não se configura como pessoa jurídica. Para contribuir com a sustentação desse movimento, inclusive o seu financiamento, foi criada a Oscip, juridicamente organizada com estatuto, eleição e diretoria formal. "Como o objetivo é dar apoio à Rede Unida ficou pactuado que o presidente da Oscip é também o coordenador da Rede e que todos os membros da diretoria da Oscip devem fazer parte do Conselho Consultivo da Rede", esclarece o novo coordenador João Campos. Também fazem parte da nova diretoria Ricardo Shoiti Komatsu (1º vice-presidente), Roseli Ferreira da Silva (2º vice-presidente), João Henrique Lara do Amaral (3º vice-presidente), Suelene Coelho (4º vice-presidente), Márcio José de Almeida (tesoureiro) e Marco Akerman (secretário). Na diretoria, no conselho fiscal e nos consultivos (incluindo suplências) estão representantes dos Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Santa Catarina e o Distrito Federal. Programação Cultural
Ontem, segunda-feira, foi eleita pelo congresso a nova direção nacional da Rede Unida e da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). A candidatura, em chapa única, foi referendada pelo pleito e a posse aconteceu em assembléia, às 18h. A Rede Unida/Oscip é uma organização da Sociedade Civil de Interesse Público criada há dois anos para dar apoio e sustentação ao movimento social Rede Unida.
Apresentações na Praça de Serviços do campus Pampulha e no prédio da Reitoria fazem parte desse último dia de Congresso. Às 12h, o Grupo de Percussão da UFMG se apresentou na Praça de Serviços, seguido do Teatro da Cidade de Leopoldina. Às 19h, no auditório da Reitoria, logo após o encerramento da Plenária Final, apresenta-se Coral Ars Nova.