A nova temporada da série VivaMúsica , promovida pela Escola de Música da UFMG, inicia-se nesta quarta-feira, 3 de agosto, às 18h30, no auditório Fernando Mello Viana da Escola (Av. Antônio Carlos, 6627, campus Pampulha), com o concerto do Quinteto Dialeto. Antes do espetáculo, às 17h40, o professor e músico Rufo Herrera realiza a palestra Aspectos da música Instrumental do século XX. No programa do concerto, obras de Pedro Laurénz (Milonga de Mis Amores); Geraldo Matos Rodriguez (La Cumparsita); F. Canaro/J.Fernandez Blanco (Corazón de Oro); A. Vivaldi (L'Inverno); Rufo Herrera (Kósmitos I, Kósmitos II, Kósmitos III, Kósmitos IV) e Astor Piazzola (Invierno Porteño; Milonga Del Angel; Contrabajissimo). O grupo No repertório, tangos e milongas tradicionais contrapõem a choros e valsas de Pixiguinha. Os vários arranjos e releituras, realizados especialmente para o grupo, compreendem desde o barroco italiano de Vivaldi até o neonacionalismo de Egberto Gismonti. Desde a sua criação, o Quinteto Dialeto se apresenta regularmente em salas e espaços musicais de Belo Horizonte e cidades do interior. Rufo Herrera Em 1976, convidado pelo Festival de Inverno da UFMG, em Ouro Preto, introduziu a oficina de arte integrada, desenvolvendo trabalho processual com diversas áreas da criação artística, que teve continuidade até 1988 e resultou na criação e posterior profissionalização do grupo Oficina Multimédia, hoje participante de vários eventos internacionais. No Rio de Janeiro, em novembro de 1995, encerrou a 11ª Bienal de Música Contemporânea Brasileira, com a Sinfonia Breve, atuando como solista ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira, no Theatro Municipal.
Fundado em 1999, por incentivo do professor Rufo Herrera, o Quinteto Dialeto é formado por Camilo Christófaro (contrabaixo), Daniel Christófaro (violão e guitarra), Marcelo Corrêa (piano), Paulo Machado (violino) e Renato Hanriot (bandonéon). O grupo foi criado com o intuito de interpretar diversos estilos da música instrumental utilizando as inúmeras possibilidades tímbricas que a formação proporciona.
O músico Rufo Herrera nasceu em Córdoba, na Argentina, e se radicou no Brasil desde 1963. De iniciação autodidata, recebeu orientação posterior do professor bandoneonista Pedro Garbero. Em viagem a Buenos Aires em 1957, realizou estudos de aperfeiçoamento em bandonéon com Marcos Madrigal e ingressou no Conservatório Nacional, onde estudou violoncelo com o professor Roberto Libón. Em 1969, a convite do grupo de compositores da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, mudou-se para Salvador com o intuito de integrar o movimento emergente de música contemporânea brasileira.