A ciência da fala nas diversas áreas de conhecimento é a temática central da 1ª Escola Internacional de Inverno de Ciências da Fala (Eicefala), que acontece de 8 a 12 de agosto, no auditório do Galpão da Engenharia Mecânica no campus Pampulha. O encontro oferece subsídios teóricos e metodológicos a pesquisadores de engenharia, física, letras e fonoaudiologia. O evento busca fomentar a pesquisa das ciências da fala na UFMG, além de promover a troca de conhecimento entre os pesquisadores. As palestras serão abertas ao público e apresentarão resultados de trabalhos científicos. Ao final do encontro, os participantes terão informação global sobre a fala humana, dos modelos atualmente utilizados para representá-la às ferramentas de análise usadas para compreendê-la. Interdisciplinaridade De acordo com o professor do departamento de eletrônica, Hani Camille Yehia, um dos coordenadores do evento, a ciência da fala é interdisciplinar. "Hoje, para avançar em qualquer área de pesquisa, é necessária a interpretação dos fenômenos através do ponto de vista das diversas especialidades", explica Hani. Um dos destaques do encontro será a presença do professor Hideki Kawahara, da Universidade de Wakayama, no Japão. Ele apresenta, na quinta-feira, 11 de agosto, o curso Straight, ferramenta de análise, manipulação e síntese da fala. Mais informações na página do evento.
O professor lembra que apesar de as ciências da fala não serem conhecidas por este nome, foram importantes, por exemplo, na telefonia, na adaptação de transmissores de voz para aparelhos cada vez menores. Além disso, linhas de pesquisa na área desenvolvem programas audiovisuais e de comunicação, transmissão, síntese e reconhecimento de voz.
Além dele, estarão na UFMG importantes pesquisadores da área, como os professores Plínio Barbosa, do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, Rafael Laboissière, do Instituto Max Planck, de Munique, e do Instituto da Comunicação Falada, de Grenoble.