Professores da UFMG, reunidos em assembléia no auditório do Colégio Técnico (Coltec), decidiram, na manhã desta sexta-feira, 2 de setembro, manter indicativo de greve para o próximo dia 12. De acordo com o presidente da Associação dos Profissionais Docentes da UFMG (Apubh), Robson Mendes Matos, a mobilização dos professores é conseqüência da demora do governo federal em avaliar as reivindicações. "O governo está postergando sua resposta e acena com atendimento de parte de nossas reivindicações apenas em 2006", diz Matos. O presidente da Apubh explica que algumas das contrapropostas oficiais deverão ser apresentadas em 30 de setembro. A assembléia deverá decidir se vai aguardar ou não, esse prazo. Fazem parte da pauta de reivindicação dos professores das instituições federais de ensino superior, a volta dos anuênios, o incentivo à titulação, a incorporação das gratificações, a reposição salarial do valor da inflação de 2004 (em torno de 7,6%), a implantação de avaliação individual que incida sobre a carreira e não sobre o salário, além de criação da classe de professor associado, cujo nível estaria entre o titular e o adjunto 4). Segundo mapeamento realizado pela Apubh, do total de 61 instituições de ensino superior, já se encontram em greve professores do Cefet-MG e de 10 universidades federais de todo o país - Acre, Amazonas, Lavras, Maranhão, Mato Grosso (campus Cuiabá e Rondonópolis), Pará, Roraima, Santa Catarina, Tocantins e Viçosa. As universidades federais de São Carlos (UFSCar-SP), Itajubá e de Ouro Preto (Ufop) já votaram indicativo de greve. A paralisação também ocorre entre funcionários administrativos e técnicos das federais de Itajubá, Juiz de Fora, Ouro Preto, Uberlândia e Viçosa. A partir de segunda-feira, 5 de setembro, servidores da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro também cruzam os braços. Demais informações sobre a mobilização dos professores podem ser obtidas na Apubh, telefone (31) 3441-7211.