Professores da UFMG reunidos em Assembléia Geral na manhã desta sexta-feira, 9 de setembro, decidiram, por 57 votos a 26, pela não deflagração da greve. Na reunião, que aconteceu na Praça de Serviços do campus Pampulha, os docentes votaram por um novo indicativo de greve, para o dia 19 de setembro, que deve ser discutida em outra assembléia, prevista para o dia 16. A assembléia da Associação Profissional dos Docentes da UFMG (Apubh) contou com a participação de cerca de 80 professores da Universidade, além de alunos e funcionários. Na pauta, questões relacionadas à adesão da greve no dia 12 de setembro - decisão votada na última assembléia do dia 2 deste mês. As principais discussões desta manhã contemplaram as recentes propostas ratificadas pelo MEC, enviadas no último dia 5, que prevêem, entre outras medidas, aumento de 50% dos atuais percentuais de titulação e reestruturação do plano de carreira. Segundo o presidente da Apubh, Robson Matos, tais propostas não devem ser consideradas diante das diversas reivindicações que a categoria tem levantado. De acordo com o presidente, a mobilização dos professores é conseqüência da demora do governo federal em avaliar as reivindicações. Os professores debateram, ainda, a possibilidade de aprofundar as discussões nas unidades acadêmicas, aguardar mais adesões e refletir sobre adesão à greve. Reivindicações Segundo mapeamento realizado pela Apubh, das 61 Ifes, já se encontram em greve professores do Cefet-MG e de 20 universidades federais de todo o país - Acre, Amazonas, Lavras, Viçosa, Brasília, Maranhão, Mato Grosso (campus Cuiabá e Rondonópolis), Pará, Roraima, Santa Catarina, Tocantins, entre outras. Mais informações sobre a mobilização dos professores podem ser obtidas na Apubh, pelo telefone (31) 3441-7211.
Fazem parte da pauta de reivindicação dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), a volta dos anuênios, o incentivo à titulação, a incorporação das gratificações, a reposição salarial relativa aos índices da inflação no ano de 2004 (cerca de 7,6%), a implantação de avaliação individual - que incida sobre a carreira e não sobre o salário -, além de criação da classe de professor associado, cujo nível estaria entre o titular e o adjunto 4.