O Hospital das Clínicas da UFMG (HC) realiza nos próximos dias 16 e 17, de 7h às 18h, a I Jornada de Paralisia Cerebral e Medicina do Desenvolvimento do Serviço de Ortopedia da Criança e Adolescente.
O evento consiste de transmissão ao vivo, pelo sistema de teleconferência, de palestras e cursos do Congresso da Academia Americana de Paralisia Cerebral e Medicina do Desenvolvimento, que acontecerá nos Estados Unidos. Haverá tradução simultânea de todas as atividades transmitidas.
Segundo Eduardo Novais, coordenador da I Jornada e médico do Hospital das Clínicas da UFMG, o evento deverá apresentar novas técnicas para o tratamento da paralisia cerebral, realizar revisão de conceitos científicos e reiterar a necessidade de abordagem multidisciplinar na criança com distúrbio do desenvolvimento neuropsicomotor, A previsão é que pelo menos 30 especialistas se apresentem no Congresso da Academia Americana.
A I Jornada destina-se a médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Para se inscrever a uma das 70 vagas, os interessados devem se entrar em contato com o Centro de Extensão do HC, pelos telefones (31) 3248-9962 / 3249-9380. O evento acontecerá no auditório do 3° andar do prédio principal do Hospital das Clínicas - avenida Alfredo Balena, 110.
Centro de referência
O Hospital das Clínicas da UFMG é centro referência em Minas Gerais no atendimento à criança portadora de paralisia cerebral. Nele, os pacientes podem contar com todas as especialidades médicas necessárias ao tratamento - neurologia, neurocirurgia, pediatria, astropediatria, ortopedia pediátrica, CTI pediátrico, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, além do serviço social.
A cada semana são atendidos cerca de 30 pacientes de Belo Horizonte, do interior de Minas e de outros estados nos ambulatórios do HC, que funcionam de segunda a quinta. O atendimento tem cobertura do SUS.
A paralisia cerebral é um distúrbio caracterizado por alteração do movimento após uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento (pré e pós parto). Os principais fatores que causam a doença são infecções do sistema nervoso; falta de oxigênio decorrente de afogamento, convulsões prolongadas e parada cardíaca; anomalias congênitas genéticas e traumas de crânio.
A exposição da mãe a substâncias tóxicas como álcool, cocaína e certas medicações sobretudo nos primeiros meses de gestação, também são fatores de risco para o bebê.
O distúrbio pode causar retardo mental, epilepsia, alterações visuais, deficiências auditivas, dificuldade para alimentação entre outros problemas. O tratamento envolve profissionais de várias áreas e a família. Apesar de a doença não ter cura, seus efeitos podem ser minimizados.
(Com Assessoria de Imprensa do Hospital das Clínicas)