Servidores técnicos e administrativos da UFMG, reunidos em assembléia na manhã dessa quinta-feira, dia 15, decidiram não aderir à greve nacional da categoria, que já atinge 38 universidades federais do país. De acordo com Cristina del Papa, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições de Ensino Superior de Belo Horizonte (Sindifes), a assembléia decidiu, ainda, enviar dois observadores ao Comando Nacional de Greve, em Brasília, para comunicar as avaliações feitas pelos servidores da Universidade e procurar intervir no movimento, sugerindo a suspensão da greve e a continuidade das negociações com o governo. A assembléia também aprovou a criação de um comando interno de mobilização, que deverá percorrer as unidades acadêmicas e administrativas da UFMG, informando os servidores sobre as decisões da assembléia e ampliando a discussão sobre a realização, ou não, da greve. Reivindicações Outras reivindicações incluem implantação do auxílio-saúde, já aprovado por lei, aumento do valor do auxílio-alimentação - o mais baixo do serviço público - além de aprovação de recursos no Orçamento de 2006 para implantação do plano de carreira dos servidores. Segundo Cristina del Papa, o projeto do Plano absorve recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão. As novas reivindicações teriam impacto de R$ 1 bilhão a mais no Orçamento da União. Os valores refletem a extensão da categoria - cerca de 152 mil servidores -, e o acúmulo de benefícios aos quais estiveram excluídos nos últimos dez anos. Nova assembléia entre os funcionários da UFMG será realizada, na próxima quarta-feira, 21 de setembro, no campus Saúde, às 9h30, em auditório a ser definido. Mais informações no Sindifes, pelo telefone (31) 3491-7536.
O trabalhadores das universidades federais de todo o país reivindicam melhoria do Plano de Cargo Único, com a incorporação do vencimento básico complementar ao vencimento básico e o aumento do step - ou diferença percentual que incide no vencimento entre um nível e outro da carreira - do atual patamar (3%) para 5%.