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A reitora Ana Lúcia Gazzola recebeu, nesta sexta-feira, 16 de setembro, a secretária de Estado do Turismo do Distrito Federal, Lúcia Martins Flecha de Lima, presidente do Instituto Cultural Amílcar Martins (ICAM), para assinatura de protocolo de intenções entre a Universidade e o ICAM. O acordo prevê intercâmbio das duas instituições para o desenvolvimento de ações de interesse comum entre a entidade privada e diversos órgãos e departamentos da UFMG. O Instituto Cultural Amilcar Martins é uma Organização Não-Governamental (ONG), que funciona como sociedade de direito privado sem fins lucrativos e busca a divulgação e preservaçao da história e da cultura de Minas Gerais. Durante a cerimônia, a professora Ana Lúcia Gazzola ressaltou a importância da parceria com o ICAM e prestou homenagem à memória do ex-professor emérito da UFMG, Amilcar Vianna Martins, que dá nome À ONG. A Reitora também comentou as possibilidades que se abrem com a parceria entre a UFMG e o Instituto: “O convênio possibilitará o desenvolvimento de muitas pesquisas. Além disso, nosso acervo bibliográfico, com informações sobre Minas Gerais, será bastante enriquecido”, disse. Lúcia Martins Flecha de Lima lembrou a enorme ligação de toda sua família com a UFMG e elogiou a gestão da reitora Ana Lúcia Gazzola. “A parceria com a Universidade tem enorme significado e culminará com muitos avanços acadêmicos. Hoje, o Instituo consolida o intercâmbio com uma das melhores universidades brasileiras”, afirmou a secretária de estado. Além de professores e representantes da administração central da UFMG, estavam presentes à solenidade os diretores do ICAM, Amilcar Martins e Roberto Borges Martins, acompanhados de sua mãe, Beatriz Borges Martins, viúva do professor Amilcar Vianna Martins, ex-professor emérito da Universidade que dá nome ao Instituto. Projetos A assinatura do protocolo de intenções auxiliará na consolidação de diversos projetos já desenvolvidos entre o Instituto e unidades acadêmicas da UFMG. Com o departamento de História, da Fafich, a entidade mantém uma série de iniciativas. Na pós-graduação, por exemplo, os professores Rodrigo Sá Motta e Eduardo França Paiva coordenam a publicação de um livro sobre a presença de imigrantes belgas em Minas Gerais. Trata-se de material inédito, que resgata a vinda ao estado de missionários e mineradores da Bélgica. “Iremos colaborar com a publicação do livro, uma co-edição entre a editora Ana Blume e a nossa coleção Memória de Minas”, explica Amilcar Martins. Além de realizar seminários conjuntos com a UFMG ao longo dos últimos anos, o Instituto desenvolve parceria com o Centro de Estudos Mineiros, da Fafich. A entidade financiou o trabalho de uma pesquisadora da UFMG no Arquivo Público Mineiro e apoiará a realização de seminário sobre fontes documentais, ainda sem data definida, que acontecerá em Tiradentes. Também em parceria com o departamento de História, o Instituto tem organizado acervo de dissertações e teses sobre Minas Gerais. Outra parceria, já em andamento, permitirá que estudantes da Escola de Ciência da Informação da UFMG organizem o acervo de livros e documentos do Instituto.
O carro-chefe do Instituto é uma biblioteca mineiriana, que hoje concentra mais de oito mil volumes sobre a história do estado. “Somos um centro de apoio à pesquisa da história de Minas. Na UFMG, buscamos consolidar parcerias já em andamento, e ampliar nosso contato com outros departamentos e núcleos de estudo”, ressalta o diretor do Instituto, Amilcar Martins, filho do ex-professor emérito da Universidade que dá nome à ONG. “Meu pai foi professor na UFMG durante 60 anos. Passou a vida no departamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina e foi o primeiro diretor do ICB. Assim, a parceria é também uma homenagem a sua memória”, completa.