A exposição de fotografias A grande passagem, de Marco Diniz, pode ser conferida pelo público, na Faculdade de Letras (Fale) da UFMG, até esta quinta-feira, 13 de outubro. A mostra é um “passeio” pelo jardim-cemitério Père-Lachaise, em Paris, e retrata sepulturas de pessoas ilustres, contando um pouco da história de cada um. Verdadeiro museu de arte e história, que abriga vasta coleção de obras de arte, o cemitério expõe trabalhos dos maiores escultores do início do século 19. David D'Angers, Bartholdi, Barrias, Bartholomé, Chapu, Clésinger, Dalou, Etex, Préault ou Rude eram sempre solicitados para celebrar a vida e a memória das personalidades mais marcantes da época. Entre as 32 sepulturas retratadas, estão as lápides de escritores como Molière, La Fontaine, Paul Eluard, Oscar Wilde, Marcel Proust, pintores (Pissarro, Géricault, Modigliane, Delacroix) e músicos (Rossini, Chopin, Belline, Maria Callas, Bizet). O Père-Lachaise
Para o escritor Wilbur Fisk, em seu Architecture of Death, o jardim-cemitério Père-Lachaise “é tão encantador que, por alguns momentos, nos arranca quase do túmulo e nos convence, sem saber o porquê, a nos deitarmos sobre o mármore em cima do qual as trepadeiras vêm espalhar suas emanações odorantes, em torno do qual as rosas e os jacintos espalham seu perfume suave, onde os amantes gravam suas virtudes sobre a placa eterna ornando o sepulcro de guirlandas em testemunho do eterno calor de seus amores. Mas isto é apenas um encanto terrestre, tentando desviar sua atenção do paraíso celeste e da realidade, terrivelmente interessante, do mundo espiritual".