A nanotecnologia pode ajudar a reduzir efeitos colaterais de medicamentos no combate a tumores cancerígenos. Uma nova combinação farmacêutica, desenvolvida pela professora Mônica Cristina de Oliveira, do departamento de Produtos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da UFMG, utiliza lipossomas para transportar fármacos até a área afetada pelo tumor. O novo medicamento associa a cisplatina - substância já utilizada em quimioterapia - à inovadora tecnologia dos lipossomas - nanopartículas lipídicas, semelhantes às células, em geral produzidas com matéria-prima de origem sintética ou extraída de soja ou ovo. Eles podem transportar fármacos e entregá-los preferencialmente na região acometida pela doença. Segundo a pesquisadora, além de altamente tóxicos, os quimioterápicos circulam por todo o organismo, atuando inclusive em partes onde não há tumores. "Com essa tecnologia, buscamos aumentar A professora depositou o pedido de patente por meio da Coordenação de Transferência e Inovação Tecnológica (CT&IT) da Universidade. Suas pesquisas são desenvolvidas com recursos do CNPq e da Fapemig. Para chegar ao novo medicamento, a pesquisadora realizou estudos com os constituintes mais apropriados à associação de acordo com a via onde serão injetados. Foram testados a concentração dos componentes, métodos de preparo e tamanho das nanopartículas, entre outras variáveis. Leia reportagem completa na edição 1.503 do Boletim UFMG
a eficácia dos tratamentos já existentes, reduzindo a toxicidade e a dosagem do medicamento utilizado", explica Mônica Oliveira, que está negociando a transferência da tecnologia para uma empresa mineira de pesquisa clínica.