Dando continuidade ao diálogo com as chapas que concorrem à composição da lista tríplice para reitor e vice-reitor, o Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG recebeu na manhã desta terça-feira, 8, a visita dos candidatos Jacyntho Lins Brandão e Cristina Augustin (chapa 03). Como nos encontros anteriores com os demais candidatos, foi proposta ao visitante uma pauta de assuntos girando em torno da política de comunicação da Universidade, avaliação desempenho desse setor, propostas em relação às novas mídias (rádio e TV) e política de pessoal. Jacyntho Lins Brandão iniciou por explicitar seu programa de campanha, focado em três eixos: a inserção da UFMG no sistema de universidades públicas brasileiras, a respeito do qual defende uma melhor definição do papel destas em relação ao setor privado; o investimento em pessoal, matéria sobre a qual é de opinião que a Universidade deve ter, para o quadro técnico e administrativo, uma política semelhante a que existe para os docentes; e o planejamento orçamentário, que ele quer descentralizar, dando maior autonomia às unidades acadêmicas para o financiamento das atividades docentes. Comunicação Declarando-se leitor assíduo da página de notícias da UFMG na Internet, o candidato comentou também sobre os outros veículos, propondo estudar uma reformulação do BOLETIM, defendendo que o veículo abrigue a polêmica e a divergência de pontos de vista nas matérias. Defendeu também a necessidade de continuidade de investimentos na rádio UFMG Educativa, recém-inaugurada, e na TV UFMG, cuja implantação elogiou. "Não tenho a visão de uma política de prefeitura, em que uma administração desfaz o que a outra construiu", disse. Jacyntho Lins Brandão comentou também os dilemas de uma política de pessoal, em que a Universidade está à mercê do governo federal, e as perspetivas abertas pela futura autonomia, "embora não goste do projeto de Reforma Universitária que está aí", enfatizou. Ele defendeu a realização de concursos que levem em conta a destinação do candidato ao cargo e sua alocação no trabalho, aliada a uma política de capacitação.
Enfocando a área de comunicação social, que ele considera "de fundamental importância para qualquer instituição, ainda mais para uma universidade", Lins Brandão defendeu a institucionalização da estrutura atual (o Cedecom resulta da fusão da Coordenadoria de Comunicação Social e do Centro Audiovisual) e propôs, também, criar um sistema de ouvidoria (ombudsman) nessa área.