A Escola de Engenharia da UFMG comemora, nesta sexta-feira, dia 25, os 50 anos de criação do curso de especialização em Engenharia Sanitária. Com duas áreas de concentração - Saneamento e Meio Ambiente - e o mais antigo do país em funcionamento contínuo, o curso já formou cerca de 1.200 especialistas, em áreas de pesquisa que lidam com resíduos sólidos, saúde ambiental, abastecimento de água para consumo humano, gerenciamento ambiental na indústria e qualidade do ar, entre outras. As comemorações serão marcadas por um encontro técnico que discutirá temas como tratamento de água e esgoto, tipos de poluição e técnicas de recuperação de ambientes aquáticos, contaminação de solos e água subterrânea com produtos derivados de petróleo. A discussão técnica começa às 9 da manhã e prossegue até às 18h30. A solenidade de comemoração terá início às 19 horas, com uma apresentação do curso, feita pelo professor Eduardo von Sperling, chefe do departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. O professor aposentado Newton dos Santos Vianna fará pronunciamento representando os ex-alunos. O evento acontece das 9 às 20h30, na sala da congregação da Escola de Engenharia, à rua Espírito Santo, 35/4º andar, Centro. Mais informações pelos telefones 3238-1881 e 3238-1880. Veja a programação completa no endereço www.desa.ufmg.br/espec/progcom50.htm História A especialização em Engenharia Sanitária (pós-graduação lato sensu) foi criada em 1955, com o apoio do Instituto of Internamerican Affairs (ponto IV), do então Serviço de Saúde Pública (Sesp) e sob coordenação da Escola de Engenharia da UFMG. Sua concretização é fruto dos esforços do professor Lincoln Continentino, que conseguiu trazer a Belo Horizonte renomados professores americanos, algumas das mais importantes autoridades mundiais na área de saneamento. O surgimento do curso e a criação, em 1960, do Instituto de Engenharia Sanitária, também creditada ao professor Lincoln Continentino, garantiram o impulso à engenharia sanitária em Minas Gerais. O primeiro programa de ensino do curso, elaborado com a colaboração dos referidos professores americanos, previa 388 horas de instrução e incluía quatro disciplinas: Saneamento e Urbanismo, Química Sanitária, Biologia Sanitária e Tratamento de Água e Esgotos. Atualmente denominado curso de Especialização em Engenharia Sanitária e Meio Ambiente, a iniciativa conta com duas áreas de concentração (Engenharia Sanitária e Meio Ambiente), com 480 horas/aula. Autofinanciável, o curso é administrado financeiramente pela Fundação Christiano Ottoni. Em seus 50 anos de existência, o curso de Especialização passou por muitas transformações. As alterações freqüentes na estrutura curricular foram resultado da necessidade de adaptá-lo às exigências da comunidade. A trajetória da iniciativa coincide com a fase de grande desenvolvimento de obras sanitárias no Brasil, com a evolução da técnica e a necessidade da busca de soluções alternativas para os problemas nacionais.