O programa A tela e o texto, da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG, acaba de lançar o livro Poesia. A obra, que será vendida a R$ 1,99, busca democratizar o acesso de estudantes, trabalhadores, desempregados, donas de casa a obras da literatura brasileira. O produção do livro, apoiado pela editora da Fale e pelo Centro Cultural UFMG, contou com organização da professora Glaucia Lara e das colaboradoras Kênia Aulízia Herédia, Clarisse Barbosa e Gláucia Mendes. O livro será vendido, pelas integrantes do programa A tela e o texto, em centros de apoio comunitário, escolas, linhas de ônibus e bibliotecas comunitárias. A obra não conta apenas com poemas de autores consagrados da literatura brasileira. Há, também, textos de domínio público e de escritores desconhecidos, que cederam os direitos autorais. Mais informações sobre como adquirir o livro pelo telefone (31) 3409-6054 ou através dos e-mails atelaeotexto@yahooogrupos.com.br e kheredia@bol.com.br, ou na página do programa A tela e o texto. Fundo do livro O preço de custo de cada exemplar é de R$ 1,70. Inicialmente, serão impressos 500 exemplares de Poesia. A equipe da Linha editorial de A tela e texto pretende organizar mais dois livros em 2006, que reuinirão contos e crônicas. Programa O grupo é responsável não só por estudos de mestrado e doutorado, como também por levar o universo da literatura à comunidade belo-horizontina. Através de convênio com a BHTrans, o projeto difunde textos de prosa e poesia em ônibus da capital mineira. "O estudo da relação entre cinema e literatura nos levou à investigação de uma série de questões sociais brasileiras. Passamos então a nos questionar: como aproveitar nossa experiência para melhorar o nível de leitura das pessoas?", conta a professora Maria Antonieta Pereira, coordenadora geral do projeto A tela e o texto. Leia mais sobre o programa no Boletim da UFMG.
Além do lançamento de Poesia, o programa também criou o chamado Fundo do livro, mantido pelos colaboradores de A tela e o texto, que financiará a publicação de outras obras de baixo custo. Para se obter um livro barato, criou-se rede de trabalho coletivo e voluntário, em que todos os participantes – autores, comissão editorial, responsáveis pelo projeto gráfico e ilustradores – cedem os direitos de seus textos e de seu trabalho.
Em 1998, estudantes de iniciação científica da Faculdade de Letras (Fale) participavam de iniciativa que buscava investigar as relações da literatura com o cinema e as trocas culturais entre Brasil, Argentina e Uruguai. A complexidade das "conexões" artísticas entre os países do Cone Sul, então identificadas pelos alunos, acabaram por ampliar os objetivos e horizontes do projeto A tela e o texto, que ultrapassou os limites físicos da própria Fale. Hoje, além do ensino e da pesquisa, tem na extensão uma de suas principais vertentes.