"A idéia é que a cultura se torne uma pró-reitoria e deixe de ser um subproduto". A afirmação do reitor eleito da UFMG, professor Ronaldo Tadeu Pena, foi feita durante visita feita à Escola de Belas-Artes, na semana passada. Na ocasião, ele se reuniu com o diretor e vice-diretor da EBA, Evandro Lemos da Cunha e Luiz Cruz Souza, além de funcionários, alunos e professores. O objetivo da visita foi discutir os problemas de estrutura física da Escola, em especial os que decorrem do aumento da população circulante pressionado pela expansão da área de Artes Cênicas, da pós-graduação - com a criação do doutorado - e da implantação do curso de Design. Outra questão discutida foi o incidente ocorrido no prédio do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Cecor). Na tarde de 12 dezembro, a água das chuvas - acumulada no teto do prédio - invadiu a secretaria, a sala da diretoria e parte do atelier dos alunos. O problema, sujeito a ocorrer nos períodos de chuva, é ocasionado pelo fato de o prédio ter sido originalmente projetado para ser de três andares e não apenas dois, como é atualmente. Quanto às demandas que ouviu, Ronaldo Pena disse que é preciso priorizar os problemas. "A questão do Cecor deve ser resolvida com prioridade", assegurou. Durante sua visita, Pena, falou, ainda, de seus planos para os próximos quatro anos à frente da Universidade e enfatizou a necessidade de investimento na área cultural. "Pretendemos dar destaque especial à área de cultura. A idéia é de que a cultura se torne uma pró-Reitoria e deixe de ser um subproduto". O reitor eleito disse também que é preciso aproximar a academia da comunidade externa, fomentando debates sobre temas de interesse público através de participação mais ativa e constante junto a ONGs, associações comunitárias e à mídia . Ele citou as universidades dos EUA e a USP como exemplos de entidades que têm o apoio da opinião pública e que por isso são "instituições fortes". (Com assessoria de imprensa da EBA)