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A reitora Ana Lúcia Gazzola empossou na manhã desta quinta-feira, 22 de dezembro, Carlos Antônio Leite Brandão, professor e ex-diretor da Escola de Arquitetura da UFMG, como o novo diretor-presidente do Instituto de Estudos Avançados Transdiciplinares (Ieat). Tomaram posse também, durante a cerimônia, os novos integrantes do Comitê Diretor da entidade: os professores Virgílio Augusto Fernandes Almeida (Instituto de Ciência Exatas), Eduardo Fleury Montimer (Faculdade de Educação), João Antônio de Paula (Faculdade de Ciências Econômicas) e Sérgio Danilo Junho Pena (Instituto de Ciências Biológicas). Estiveram presentes na cerimônia dirigentes universitários, além dos reitor e vice-reitora eleitos, Ronaldo Pena e Heloísa Starling. De acordo com regimento aprovado pelo Conselho Universitário, a estrutura do Ieat é composta por um comitê diretor e outro científico. A renovação de um determinado número de seus integrantes acontece a cada dois anos, a partir de indicação dos órgãos colegiados e diretores da Universidade. Carlos Brandão substitui Alfredo Gontijo, professor titular do departamento de Física do Icex, que esteve à frente do órgão nos últimos anos. "O Ieat é uma das dimensões mais estratégicas da UFMG", define a reitora, que iniciou a cerimônia ao lado dos professores Carlos Brandão e Alfredo Gontijo. O ex-diretor-presidente agradeceu à reitora a honra e o privilégio de ter trabalhado no Instituto e, o atual diretor a frente da entidade, tembém manifestou agradecimentos à atual gestão pela indicação e confiança ao cargo. "Temos muito trabalho pela frente. O nosso desejo é fazer do Ieat uma universidade dentro de uma Universidade, consolidando-o como um local de excelência e espaço de pesquisadores", disse o novo diretor-presidente, professor Carlos Brandão. Segundo Carlos Brandão, a nova diretoria pretende trazer as ciências humanas, a arte e a cultura para primeiro plano, além de procurar outros saberes extra-acadêmicos. "A grande tarefa do Ieat é abrir a entidade para o restante da Universidade de maneira mais contínua e próxima", afirma. Ao encerrar a cerimônia a reitora Ana Lúcia Gazzola destacou o papel do Instituto, responsável em oferecer um "contraponto reflexivo permanente" à Universidade. "O Ieat é local de reflexão muito intensa e densa, nunca passível de ser cristalizado e sempre buscando a fronteira de uma interrogação permanente", finaliza. Arte e ciência Ao longo de sua carreira, Carlos Antônio Brandão recebeu vários prêmios e distinções em Arquitetura e Teatro Dramaturgista do Grupo Galpão de Belo Horizonte. Entre outras atividades técnicas e científicas atuais, ele exerce a vice-presidência da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade e integra o Conselho editorial da Editora UFMG e da Fundação João Pinheiro, sendo, também, representante da UFMG no Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Belo Horizonte. Transdiciplinaridade Periodicamente, o Ieat organiza grandes conferências abertas ao público sobre temas inovadores divulgando conhecimentos avançados de diversas áreas. O Instituto também é responsável em criar cátedras, por indicação da comunidade acadêmica, e promover a vinda, à UFMG, de professores-visitantes de outros países, responsáveis em incrementar conhecimentos de ponta no ensino e na pesquisa da Universidade. Conheça mais sobre o Ieat no site www.ufmg.br/ieat
Intelectual e artista de perfil multidisciplinar, Carlos Antônio Leite Brandão é professor adjunto da Escola de Arquitetura e possui doutorado em Filosofia pela UFMG. Ele desenvolve pesquisa em barroco e em hermenêutica da arquitetura e integra os quadros do CNPq, como pesquisador, desde agosto de 1998. Brandão atua, ainda, como consultor de diversas instituições como CNPq, Fapesp, Fapemig, universidades, conselhos científicos, artísticos e editoriais de todo o país. É autor de vários artigos, livros e capítulos de livros publicados em filosofia, arquitetura e teatro.
O Ieat foi criado, em caráter experimental, em 1999, como um órgão vinculado ao Gabinete do Reitor. Seu objetivo é promover a transdiciplinaridade no âmbito da pesquisa, com inserções no ensino e na extensão. De acordo com documento do órgão, isso significa estimular a criação de um ambiente propício à realização de estudos transdisciplinares com características de excelência (por excederem o normal e o ordinário), de ponta (voltados para o novo e o futuro) e de indução (que interferem na maneira de gerar, organizar e difundir o saber), abrangendo as diversas áreas do conhecimento - humanidade, exatas e biológicas.