Universidade Federal de Minas Gerais

Eber Faioli
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Ana Lúcia Gazzola defende que a educação não pode ser mercadoria

Reitora da UFMG preside encontro de universidades na Holanda

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006, às 14h17

Representantes de universidades da América Latina, Caribe e União Européia reúnem-se, até esta sexta-feira, dia 20, na Universidade de Leiden, na Holanda, para discutir formas de cooperação acadêmica entre as instituições de ensino superior.

A reitora Ana Lúcia Gazzola preside o encontro juntamente com o reitor da universidade anfitriã. A reunião conta, ainda, com a presença de dirigentes das federais do Rio Grande do Sul (UFRS) e de Pernambuco (UFPE) e de representantes da Argentina, Bélgica, Chile, Cuba, Alemanha, Inglaterra, entre outros.

Segundo a reitora Ana Lúcia Gazzola, que da Holanda concedeu entrevista à Rádio UFMG Educativa, os reitores discutem um conceito de cooperação universitária solidária, parceira e respeitadora da diversidade. "Estabelecemos o conceito de educação como bem público socialmente referenciado. Trabalhamos a idéia de internacionalização solidária como espaço comum europeu, latino-americano e caribenho", ressalta a professora.

Intercâmbio
As cerca de 20 universidades européias e latino-americanas presentes ao evento debatem a formulação de um documento de cooperação universitária, a ser apresentado aos chefes de estado em reunião que acontecerá no mês de maio, em Viena. "Na Holanda, também discutimos instrumentos de cooperação, como o intercâmbio de estudantes e a implementação de programas conjuntos de pós-graduação", explica a Reitora.

Entre as "ferramentas" de cooperação discutidas, estão mecanismos de co-orientação, diplomas bilaterais, projetos comuns de pesquisa, sistemas de bibliotecas e redes virtuais de periódicos. "Abordamos, ainda, o financiamento da pesquisa e as diferentes formas de transferência do conhecimento", completa Ana Lúcia Gazzola. Outro objetivo é criar um consórcio entre as universidades do grupo Coimbra, formado por instituições européias mais antigas, não sediadas em capitais, e as academias latino-americanas do grupo Montevidéu, rede de 19 universidades brasileiras, argentinas, uruguaias, paraguaias e chilenas.

Contribuições da UFMG
Quanto às contribuições da UFMG às instituições parceiras, Ana Lúcia Gazzola ressalta o projeto de internacionalização da Universidade. "Tal iniciativa caracterizou nosso reitorado. É importante a administração da Universidade implementar instrumentos que facilitem esses projetos e enfatizem a internacionalização da graduação", afirma a Reitora. A professora lembra que a UFMG avançou muito nesse sentido. Nós últimos três anos, a Instituição ampliou em 320% o número de convênios internacionais. "Além disso, 1% de nosso alunado vem de 30 países".

Segundo a Reitora, a Universidade também intensificou o envio de seus alunos para o exterior, na maioria das vezes com bolsas da Diretoria de Relações Internacionais e da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump). "Inclusive para alunos carentes e de baixa condição socioeconômica, que vêm se beneficiando de estágios e cursos em outros países", diz Ana Lúcia Gazzola. A professora lembra que o novo programa, a ser criado através da interseção entre as duas grandes redes universitárias (Grupos Coimbra e Montevidéu), será muito bom para a própria UFMG. "Esse projeto já conta com o apoio do novo reitor eleito, professor Ronaldo Pena. A comunidade universitária irá se beneficiar muito", completa.

Pesquisa
Além das parcerias já existentes entre as universidades presentes ao evento, Ana Lúcia Gazzola lembra que o consórcio estabelecerá áreas estratégicas para cooperação e buscará financiamentos para viabilizar novos projetos e fortalecer o intercâmbio já existente. Segundo a Reitora, a UFMG pode colaborar muito com suas parceiras em áreas como biodiversidade, projetos no campo da saúde e estudos sobre segurança pública e direitos humanos, através, por exemplo, do Centro de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da Fafich.

Resistência
Outro tema debatido na Holanda pelos reitores diz respeito ao papel da educação como bem público. "A educação pertence às sociedade, aos povos, e precisa ser garantida totalmente fora das leis de mercado", ressalta a Reitora. Segundo a professora, educação não pode ser tratada como mercadoria, "muito menos incluída em acordos internacionais que regulem os serviços prestados pelos vários países".

"Além disso, é muito importante que a educação respeite a identidade cultural da sociedade e seja socialmente referenciada. Essa é uma questão de soberania nacional, que nenhum país pode ceder aos outros", diz Ana Lúcia Gazzola. Para a Reitora, os processos educativos são também mecanismos de cidadania. "Na atual sociedade, o conhecimento tornou-se a verdadeira moeda das nações. Um país em desenvolvimento não pode abdicar do direito de uma educação voltada ao projeto de construção de nação e aos interesses nacionais", completou.

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