O projeto Pílula Pop, criado por ex-alunos do curso de Comunicação Social da UFMG, acaba de fechar patrocínio com a empresa Natura, após ser aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Dedicado à cobertura jornalística da área cultural de forma bem-humorada e com a proposta de abrir espaço para as novas produções musicais e cinematográficas de qualquer localidade, o projeto teve receptividade excepcional desde quando surgiu, no formato de revista eletrônica abrigada no Website www.pilulapop.com.br, em 2004. "Pílula Pop é um movimento de renovação que busca abrir espaço para grupos alternativos também na grande mídia", diz Rodrigo Ortega, um dos mentores do projeto, ao lado de seus colegas jornalistas Braulio Lorentz, Daniel Oliveira e Rodrigo Campanella e o designer Fernando Guerra. Segundo Rodrigo, o conceito de alternativo trabalhado pelo projeto se relaciona a grupos que se encontram excluídos de espaços de divulgação de massa, como grandes gravadoras e mídias. Contabilizando cerca de 10 mil acessos mensais, a revista eletrônica obteve resposta do público que surpreendeu seus coordenadores. "Abrimos espaço para interação com o público e o retorno nos revelou que todo leitor de Pílula Pop é um bom crítico, bem informado e articulado", relata Rodrigo. Ele explica que o grupo pretende agora, expandir o projeto, investindo em nova arquitetura gráfica e de ferramentas do Website e em especial, incrementando a área de conteúdo e o número de colaboradores, em diversas cidades brasileiras. Multimídia O quadro diário de cinco minutos veiculado na rádio UFMG Educativa (104.5 FM de Belo Horizonte e Contagem), às 10h45 e reprisado às 16h30, com bandas e filmes do cenário pop nacional e internacional, vai se transformar, até julho, em programa com duração de uma hora, com possibilidade de transmissão nas emissoras universitárias da Unicamp e da UFBA. O grupo responsável pelo projeto também pretende manter a parceria com a TV UFMG para a produção do quadro Pílula Pop, dentro do programa Câmera Aberta, que vai ao ar às sextas-feiras, às 14h30, com reprise nas segundas (21h), terças (17h) e quintas (15h). Nele, o grupo mapeia a nova produção musical mineira, divulgando bandas como Impar, Digitária e de outros estados - a gaúcha Cachorro Grande e a carioca Som da Rua. "O pop é um estilo de se fazer cultura que se diferencia daquela, pasteurizada, veiculada pela grande mídia", reflete o coordenador da rádio UFMG Educativa, Elias Santos, sobre a linha aberta por Pílula Pop. Ele revela que precisou insistir bastante para que o grupo levasse o projeto para a emissora. "O trabalho deles está crescendo e criando repercussão na área cultural, uma vez que mostraram que é possível colocar em sintonia qualidade e cultura pop", diz Elias, satisfeito com o acerto da decisão em abrir o espaço para a inovação proposta pelo grupo, que permitiu, também, a diversificação da programação da emissora.
Além da revista eletrônica, Pílula Pop conta também com um quadro de TV e um programa de rádio, produzidos no Centro de Comunicação da UFMG.