A UFMG é líder de um ranking de desempenho nas oito edições do Exame Nacional de Cursos (ENC/Provão), de 1996 a 2003, e na primeira edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), realizada em 2004. A Universidade obteve o maior índice de conceitos máximos, 77%, nesses dois testes. O cruzamento dos dados do Provão e do Enade foi realizado pelo jornal O Globo. O levantamento considerou 43 instituições de ensino superior cujos estudantes realizaram as provas. Faculdades, centros federais de educação tecnológica e três instituições que ganharam status de universidade recentemente ficaram de fora do balanço. Equilíbrio A conquista da liderança tem peso ainda mais significativo a partir do equilíbrio que a UFMG mostra nos resultados ano a ano [vide gráfico] - inclusive por ter um número grande de cursos avaliados a cada exame. Em 2003, por exemplo, foram 15 cursos avaliados. "O sucesso da Universidade é resultado de um grande projeto de investimento acadêmico que sempre buscou integrar a tríade ensino-pesquisa-extensão", afirma a pró-reitora de graduação. O desempenho da UFMG é corroborado também pelos investimentos na política de formação dos alunos, de qualificação dos professores, em infra-estrutura, no aperfeiçoamento das ofertas curriculares e no apoio às formas de gestão colegiada. Inadimplência No Enade 2005, por exemplo, 1.805 alunos foram selecionados para o exame e 75 não compareceram. Atenta a isso, a UFMG enviou correspondência alertando os alunos e explicando a importância de participar das atividades de avaliação.
Segundo a pró-reitora de Graduação da UFMG, Sueli Pires, diferentemente de outras instituições, a prioridade da Universidade não é prepararar o aluno apenas para exames de desempenho, mas propiciar a ele uma formação mais abrangente. Contudo, ela afirma que a obtenção de um resultado como esse é um incentivo para a UFMG alcançar novos parâmetros na sua proposta pedagógica.
Em que pese o ótimo resultado alcançado nos testes, a ausência de alunos nos exames preocupa a UFMG. "Isso nos preocupa porque, caso os estudantes estejam em fase de conclusão de curso, a não participação no exame impede que seu diploma escolar seja emitido", observa a pró-reitora de graduação.