A Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG, em parceria com a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, promove a abertura da exposição Amilcar de Castro - programador visual e ilustrador de publicações, no Espaço Expositivo da Reitoria, nesta segunda-feira, 27, às 19 horas. A mostra estará aberta à visitação entre 28 de março e 30 de abril, de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h. Essa foi uma das exposições de Amílcar exibidas na 5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, realizada entre 30 de setembro e 4 de dezembro de 2005, no Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, em Porto Alegre. O escultor mineiro foi o artista homenageado da bienal. Depois de Belo Horizonte, a mostra será levada ao Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e ao Centro Universitário Maria Antônia (USP), em São Paulo, ainda este ano. O evento reúne originais do primeiro trabalho de diagramação do artista mineiro, na revista Manchete, fac-similes da reforma gráfica do Jornal do Brasil, do Minas Gerais e do Suplemento Literário de Minas Gerais. Também serão exibidos originais e fac-similes de logotipos, cartazes e outros impressos da reforma do Jornal de Resenhas, publicado pela Folha de S.Paulo. Já o trabalho de Amilcar como capista é representado por alguns livros, além de pinturas originais de uma série de nove livros de Kafka. “É a maior retrospectiva já feita da obra dele no campo das artes gráficas. Vamos expor trabalhos que incluem desde a diagramação da revista Manchete, em 1956, até o projeto gráfico da Folha de São Paulo, em 2002”, afirma José Francisco Alves, curador da mostra. Ele lançará, durante a abertura da exposição, o livro Amilcar de Castro - uma retrospectiva, que traz uma biografia do artista e análises sobre seu trabalho como escultor, pintor e designer. Trajetória Em 1967, viajou para os Estados Unidos, de onde retornou em 1971, fixando-se em Belo Horizonte. Foi diretor da Fundação Escola Guignard de 1974 a 1977, professor de escultura na Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop), em 1979 e de composição e escultura na EBA/UFMG de 1979 a 1990. Amilcar, reconhecido internacionalmente por suas esculturas quase sempre produzidas com chapas de ferro e por seus desenhos pintados com vassouras mergulhadas em baldes de tinta. Teve suas obras expostas em 47 mostras individuais, 40 coletivas, 19 salões e bienais, além de ter recebido 12 premiações e bolsas. Suas obras estão expostas em várias cidades do Brasil e do exterior. Ele morreu em novembro de 2002, em Belo Horizonte. Sobre Amilcar, confira também o livro Preto no branco - a arte gráfica de Amílcar de Castro, da Editora UFMG.
Nascido em Paraisópolis, em 1920, Amilcar Augusto Pereira de Castro chegou à Belo Horizonte em 1934 e formou-se em Direito pela então UMG, em 1945, quando já havia iniciado os cursos de Desenho e Pintura, com Alberto da Veiga Guignard e de Escultura Figurativa, com Franz Weissmann.