O radialista Elias Santos entrevista, na manhã desta terça-feira, 11 de abril, o pesquisador Luciano Andrade, do Centro de Pesquisa René Rachou, em Minas Gerais - entidade ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Andrade coordena projeto de alteração genética no mosquito da malária. A entrevista vai ao ar às 10h30 no programa Conexões da rádio UFMG Educativa. Para acompanhar a atração, basta sintonizar a emissora na freqüência 104,5 FM ou na Internet (www.ufmg.br) De acordo com informações divulgadas pela equipe do programa Conexões, e publicadas pelo Jornal de Belém (PA), pesquisadores da Fiocruz, em Minas Gerais, conseguiram realizar alteração genética no mosquito da malária, que eliminou a capacidade do inseto de transmitir a doença. O mosquito transgênico pode agora ser a solução para um problema mundial de saúde pública. Presente em quase uma centena de países, a Malária infecta aproximadamente 500 milhões de pessoas por ano. Os pesquisadores levantam a hipótese de, no futuro, os insetos modificados possam se reproduzir e substituir os que transmitem a doença. Eles avaliam, no entanto, que esse processo será longo, pois será preciso comprovar que os mosquitos transgênicos não oferecerão problemas ao ambiente ou aos humanos. Ainda não se sabe, por exemplo, se o inseto poderá transmitir outros tipos de parasitas, como o da dengue. Outro aspecto destacado pelos pesquisadores é que, para combater a malária, é preciso trabalhar com a conscientização das pessoas, melhorar o atendimento na área de saúde e intensificar o combate ao mosquito. O experimento da Fiocruz consumiu, em 2 anos, cerca de 40 mil dólares. Os investimentos são oriundos da Fundação e também da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a Fiocruz, esse foi o primeiro mosquito transgênico criado na América Latina.