Eber Faioli |
Cerca de 500 pessoas lotaram o Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG, nesta terça-feira, 11 de abril, para a posse da nova diretoria da Unidade, em cerimônia presidida pelo reitor Ronaldo Tadêu Pena. Assumiram os cargos de diretor e vice-diretor, respectivamente, os professores Francisco José Penna e Tarcizo Afonso Nunes, que cumprirão mando durante o período de 2006 a 2010. Ao transferir o cargo, o ex-diretor Geraldo Brasileiro Filho disse ser esse um momento de agradecimentos, e lembrou da participação sempre presente e imprescindível de toda a comunidade da Medicina em sua gestão. “Fiz tudo o que pude, sempre com muito amor e dedicação”, mas chamou a atenção para o fato de haver ainda muito o que fazer, para concluir: “Daqui a cinco anos, tenho certeza, quando completar seu centenário, esta escola estará ainda melhor do que hoje” (leia o discurso na íntegra. Modernidade e compromisso “O projeto curricular do curso médico da UFMG, que há cerca de 20 anos era ousado e inovador, hoje exige profunda revisão e adequação à realidade de saúde da sociedade brasileira”, salientou. “Tarcizio e eu temos como guia a proposta de gestão que debatemos com nossa comunidade e a ela nos dedicaremos com afinco e determinação”, afirmou, convidando a comunidade para “uma manhã de modernidade e compromisso” (clique para ler a íntegra do discurso). Fala do reitor Ronaldo Pena chamou a atenção para os três princípios básicos adotados pela Reitoria, que guardam “extrema relação com os objetivos da área de saúde: interesse público, respeito às diferenças e ênfase na experimentação”. Segundo o reitor, articular essas prioridades, projetando e orientando experiências bem fundamentadas, são tarefas que devem ser realizadas por Reitoria e unidades da saúde como forma de se atingirem novos patamares de excelência acadêmica, “que expressem compromissos socialmente relevantes e cada vez mais entranhados em nossa prática diária”, disse. O reitor abordou também em sua fala a necessidade de a Universidade encotrar mecanismos de inclusão social que, permitindo o acesso de estudantes oriundos das camadas pobres da população, preserve critério do mérito acadêmico. "O acesso ao ensino superior é uma das expressões mais claras da nossa desigualdade social. Famílias de baixa renda têm enormes dificuldades de acesso à educação superior e apenas algumas, em número muito reduzido, conseguem que seus filhos cheguem à condição de disputar uma vaga para o ensino superior", argumentou. (Leia o pronunciamento na íntegra) Presenças Dentre as diversas outras autoridades que prestigiaram o evento, estavam a vice-reitora da Heloisa Starling, o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, professor Francisco Campos - que representou o ministro da Saúde -, o secretários de saúde estadual, Marcelo Gouvêia Teixeira, o presidente da Academia de Medicina, Evaldo D’Assumpção, diretores de várias unidades da UFMG, além de políticos, médicos, professores, funcionários e alunos da Faculdade de Medicina. (Com Assessoria de Comuncção da Faculdade de Medicina)
Após assinar o termo de posse, o novo diretor Francisco Penna declarou, em discurso, que os desafios que atualmente se apresentam para a educação médica exigem postura ativa e eficaz, e reafirmou seu compromisso com a reformulação do ensino, da pesquisa e da extensão na Faculdade de Medicina.
Em discurso pautado por referências pessoais e institucionais, o reitor Ronaldo Tadêu Pena avaliou como de grande simbolismo o fato de que a primeira posse em uma unidade acadêmia, no seu mandato, ocorra justamente na Faculdade de Medicina, quando a unidade completa 95 anos, e o novo diretor seja seu irmão. “Todos podem imaginar a grande satisfação que sinto ao dar posse ao professor Francisco José Penna, com quem convivo muito de perto a exatos 58 anos”, declarou.
Presente ao ato, a ex-reitora da UFMG Ana Lúcia de Almeida Gazzola qualificou como “extremamente positiva” a participação da comunidade da Medicina no processo de gestão universitária. Ela destacou, nesse particular, a maior atenção à graduação e à pós-graduação, a revitalização do campus e uma maior preocupação com os acervos.