Um consórcio formado por 20 instituições de ensino, entre elas a UFMG, será lançado na próxima segunda-feira, 24. Trata-se da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), criada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com apoio da Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue). Primeira do gênero, a Rede vai conectar hospitais universitários de instituições de ensino e pesquisa de todo o país e promover a colaboração entre grupos de pesquisa em saúde. O objetivo é apoiar o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes e incentivar o surgimento de futuros trabalhos nas universidades. A integração dos hospitais universitários através da Rede permitirá troca de informações médicas, estudos de casos, consultas por videoconferência, análise de sinais e imagens médicas, radiologia por imagem, laudo virtual, diagnósticos e cursos de capacitação médica a distância. O que se busca é a melhoria do atendimento especializado à população e a redução de custos com as trocas de informações entre os hospitais."Com a ampliação da comunicação entre os hospitais universitários, estimularemos a telemedicina na UFMG e promoveremos o desenvolvimento da saúde", garante a coordenadora do Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas (HC) da UFMG, Beatriz Alkimin. Atualmente, a UFMG já desenvolve inúmeros trabalhos na área de telessaúde. Existem projetos de educação permanente, segunda opinião médica e teleconsultoria. Exemplos importantes dessas atividades são as videoconferências com o Centro Hospitalar Universitário de Ruen, na França, e a conferência mensal realizada pelo Hospital das Clínicas com outras cinco instituições na área de radiologia. "Com a Rede, outras instituições poderão ter acesso a essas videoconferências ou mesmo participar delas", ressalta Beatriz Alkimin. Desde a década de 1990, vëm sendo realizadas ações em telemedicina no Brasil. Embora os esforços demonstrem resultados animadores e os grandes centros possuam unidades hospitalares bastante avançadas, ainda há uma crescente demanda por atendimento especializado que vem sendo reparada por algumas iniciativas e projetos em telemedicina. Como exemplos, a rede de oncologia pediátrica ONCONET, o Canal Saúde, o Institutos do Milênio, o Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa), T@lemed telediagnóstico por imagem, Telehanseníase, Minas Telecárdio, BH Telemed, entre outros. (com Assessoria da RUTE)