Em uma solenidade concorrida, que contou com a presença do reitor Ronaldo Pena e de quatro ex-reitores da UFMG, a professora Maria Cristina Lima de Castro e o professor Sérgio Costa Oliveira foram empossados na noite desta quarta-feira, dia 17, na direção do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Cristina de Castro sucede o professor Carlos Alberto Tavares, de quem foi vice-diretora nos últimos quatro anos. Atual pró-reitor de Pesquisa, Tavares dividiu seu mandato em dois momentos. “O primeiro, marcado pela escassez de recursos, e o segundo com mais recursos, vindos dos governos federal e estadual e de empresas privadas”, disse o professor. Ao fazer um balanço do ICB nos últimos quatro anos, Tavares destacou o crescimento da pós-graduação – “talvez sejamos o único instituto do país com dois cursos nível 7 e dois de nível 6 na Capes” – e das atividades de pesquisa e as melhorias físicas realizadas no prédio, com construção de salas e adaptação de espaços. “Nos últimos três anos, mais de 60% dos projetos de arquitetura do DPFO ocorreram no ICB”, informou o professor. Ao final, agradeceu a professora Maria Cristina, com quem realizou uma “gestão compartilhada” e manifestou sua certeza de que com ela “o ICB estará em boas mãos”. O novo vice-diretor, Sérgio Costa, agradeceu o apoio da comunidade acadêmica do ICB e garantiu que ele e a professora Cristina pretendem realizar uma gestão participativa. “Será uma administração feita a várias mãos”, prometeu. Caso de amor A cerimônia foi aberta e encerrada pelo reitor Ronaldo Pena que, a exemplo da professora Cristina de Castro, manifestou preocupação com as instalações físicas do ICB. “Elas estão desgastadas e precisam ser reformadas. Pretendemos, inclusive, remodelar este auditório (o auditório 3 onde a cerimônia foi realizada)”. Ronaldo Pena também abordou os grandes projetos que pretende realizar em sua gestão, como a criação de um jardim botânico, a modernização dos laboratórios de graduação, a recomposição do acervo bibliográfico – que receberá um aporte anual de R$ 1 milhão – e a implantação de medidas inclusivas, como as que pretendem viabilizar o aumento da presença de jovens egressos de escolas públicos no quadro discente da Universidade. A posse de Maria Cristina Lima e Sérgio Costa foi prestigiada pelos professores Eduardo Cisalpino (reitor no período 1974-1978), Cid Veloso (que dirigiu a UFMG no período 1986-1990), Tomaz Aroldo da Mota Santos (reitor entre 1994 e 1998) e Ana Lúcia Gazzola, reitora na gestão 2002-2006, além de pró-reitores e outras autoridades universitárias.
Em seu discurso, a professora Maria Cristina de Castro disse que aceitou o desafio de concorrer à direção do ICB porque mantém “um caso de amor com essa unidade”. Ela também destacou o período em que atuou como vice-diretora do Instituto. “Aprendi a lidar com as diferenças e descobri que tinha competência para também assumir funções administrativas”.
Para a nova diretora, um dos maiores desafios da gestão que agora se inicia diz respeito ao espaço físico do ICB: “Hoje, as nossas instalações são insuficientes para dar conta do crescimento exponencial de nossa pesquisa”. Uma das soluções estudadas é a construção de um Pavilhão Central de Aulas nos moldes do que já existe no campus Pampulha para os cursos da área de exatas.