Marcus Vinícius dos Santos/FM |
Cerca de 300 pessoas assistiram, na manhã desta terça-feira, 19 de maio, no salão nobre da Faculdade de Medicina da UFMG, à conferência Racionalidade da Violência, proferida pelo sociólogo norte-americano Mark Stafford, catedrático da Fundação Ford, que está na UFMG a convite do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT) da Instituição. Em seu depoimento, Stafford contextualizou o controverso sentido do conceito de racionalidade, e afirmou que o indivíduo não realiza atos violentos de forma aleatória: “Ao agir, a pessoa se baseia na própria razão, condicionado pelo ambiente social, psicológico e racional em que vive. Além disso, promove de custo versus benefício. O indivíduo intui e avalia as conseqüências do ato violento, observando se é compensatório violar as leis”, disse.
Após as palavras de Stafford, a professora Elza Machado de Melo, coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Violência do Departamento de Medicina Preventiva e Social e organizadora do evento na Medicina, avaliou a importância de se acrescentar outras questões prioritárias ao processo social da violência: “Acredito que o indivíduo aja em conformidade com o meio em que está inserido, especialmente com as condições culturais”.
Representante do Centro de Estudos de Criminalidade e Saúde Pública da UFMG (Crisp), a professora Corine Davis Rodrigues, disse que, ao envolver integrantes de ONGs, líderes comunitários e profissionais da saúde, a conferência cumpriu sua proposta de transdisciplinaridade. “Afinal, a discussão aconteceu sob a ótica da sociologia, da psicologia e da medicina”, disse.
(Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina)