Manifestação dos servidores públicos mobilizou, na manhã desta terça-feira, dezenas de representantes da categoria na UFMG, que se congregaram no hall da Reitoria, como parte do Dia Nacional de Luta decretado pela Fasubra, em iniciativa similar ocorrida em outras Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). Na ocasião, documento com mais de 500 assinaturas foi entregue à vice-reitora Heloísa Starling por servidores de nível superior (NS) da Universidade, que associaram à pauta geral da categoria reivindicações específicas desse segmento. O ato foi coordenado Sindifes-BH. O abaixo-assinado pede apoio político da Reitoria para inclusão, no Orçamento da União de 2007, de recursos para aumento real de salários da categoria, que em 1987 ganhava o equivalente a dez Salários Mínimos (SM) e hoje recebe apenas quatro SM. “Vivemos um insuportável arrocho salarial”, disse a servidora Marilene Guimarães Leão, assistente social do Departamento de Recursos Humanos (DRH) e uma das organizadoras do movimento na UFMG. Ao entregar o documento à Vice-Reitora, Marilene Leão disse que os técnicos NS possuem hoje a pior tabela salarial do serviço público brasileiro. “Isso tem dimensão institucional pois, a continuar assim, a Universidade não conseguirá reter essa mão-de-obra qualificada”. Segundo ela, a UFMG possui, atualmente, 900 servidores NS, a maioria no campus Saúde. A servidora alertou a Vice-Reitora para o prazo de 30 de junho, data-limite para inclusão de propostas que gerem custos para o Orçamento da União de 2007. Além disso, pediu o apoio da Administração da UFMG na defesa da proposta. Heloísa Starling afirmou que a Reitoria “tem todo o interesse em encaminhar o documento e apoiar as reivindicações, que são rigorosamente justas”. A Vice-Reitora contou que, devido ao seu trabalho como diretora da Editora UFMG, conhece bem a “enorme competência” dos servidores NS e a difícil situação salarial da categoria. “O que essa Reitoria puder fazer, será feito”, assegurou, ao afirmar que repassará o documento ainda nesta terça-feira ao reitor Ronaldo Pena. Heloísa Starling também recebeu documento que pede o apoio da Reitoria para a luta nacional de superação das limitações do atual Plano de Carreira, instituído em 2005.