A UFMG assume nesta quinta-feira, dia 1º de junho, a gestão do Pronto-Socorro Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova. O convênio que transfere a gestão do hospital do governo de Minas para a Universidade foi assinado na tarde desta quarta-feira, dia 31, no Palácio dos Despachos, em solenidade que contou com a presença do reitor Ronaldo Pena, do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel. Com a parceria, o governo de Minas espera que o hospital, concluído em outubro de 2005, opere a plena capacidade. “Não desejamos simplesmente que ele seja posto em funcionamento, mas queremos que opere com uma gestão de qualidade, mantendo o mesmo padrão que a UFMG imprime ao Hospital das Clínicas, que é referência nacional”, disse Aécio Neves, durante a solenidade. O reitor Ronaldo Pena afirmou que o convênio formaliza uma típica parceria “em que todos ganham”. “Ganham a população de Minas, os serviços públicos de saúde de Belo Horizonte e a UFMG, que passa a contar com uma grande oportunidade para a prática do ensino e da pesquisa”, disse o reitor, acrescentando que a parceria é um grande passo para que a Universidade amplie sua atuação social. “Sonho com o dia em que a população de Minas Gerais dirá com todas as letras que a ‘UFMG é a nossa universidade´”. O prefeito Fernando Pimentel também destacou o impacto que a ativação do Hospital de Venda Nova vai provocar sobre o sistema de saúde da capital. “Ele vai ajudar a desafogar os hospitais da rede municipal e os administrados pela Fhemig”, previu. Experiência-modelo “A expectativa é de que até o final do ano o hospital esteja operando a plena capacidade”, prevê o professor da Faculdade de Medicina Joaquim Antônio César Mota, um dos integrantes da sua equipe de gestão, formada, ainda, por profissionais do Hospital das Clínicas, da Secretaria Estadual de Saúde e do Governo de Minas. Até o final de 2006, o hospital, voltado exclusivamente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), fará três mil atendimentos ambulatoriais por mês e criará 72 leitos de clínica médica – hoje existem apenas 24 do gênero – e outros 76 de clínica cirúrgica – atualmente não há leitos dessa modalidade no hospital. A UFMG também tem a missão de ampliar em 70% as vagas no CTI adulto (de 10 para 17) e de ativar o centro cirúrgico do complexo. Os recursos que viabilizarão o cumprimento dessas metas estão garantidos. Até o final do ano, o governo federal repassará R$ 31,6 milhões para o custeio das atividades do Hospital. Para 2007, o orçamento previsto é de R$ 60 milhões – R$ 30 milhões repassados pelo governo de Minas e outros R$ 30 milhões pelo governo federal. O Hospital de Venda Nova custou cerca de R$ 40 milhões. Possui 240 leitos e serviços de atendimento de urgência - o único atualmente em funcionamento - ambulatório, CTIs adulto e infantil e modernas instalações de diagnóstico por imagem.
O acordo que transferiu a gestão do Hospital de Venda Nova é considerado uma experência-modelo na região metropolitana. A UFMG ficará responsável pela contratação e administração da rotina do Hospital. Já o governo de Minas avaliará o cumprimento das metas estabelecidas pelo convênio e repassará os recursos, junto com o governo federal, para o custeio do Pronto-Socorro.