O informativo eletrônico Em Questão, editado pela subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República, anunciou em sua edição de 14 de junho, medidas de investimento para os vários níveis de ensino. De acordo com o boletim, as ações prevêem aplicação de R$ 400 milhões no ensino médio, ampliação da educação superior no interior do país, envio ao Congresso Nacional de proposta de Reforma da Educação Superior, entre outras. Segundo Em Questão o governo federal criou a Universidade Aberta do Brasil, "que vai levar o ensino superior para o interior do País. Por meio do ensino a distância, a iniciativa vai beneficiar, principalmente, o professor de escola pública que ainda não possui o diploma de graduação. Com a Universidade Aberta, a intenção é aumentar a qualidade do ensino básico e reduzir a desigualdade da oferta de ensino superior em todas as regiões do País", diz o informativo. Leia o restante do texto: "Haverá prioridade para cursos de licenciatura e formação inicial para professores da educação básica. Porém, serão oferecidos também cursos superiores em outras áreas de conhecimento e para a capacitação de dirigentes, gestores e trabalhadores da educação básica. Para realização dos cursos será utilizada a estrutura de universidades públicas já existentes. Os cursos da Universidade serão ministrados pelas universidades federais, com pólos de apoio presencial instalados e mantidos por municípios e estados interessados em colocar à disposição cursos superiores. Os pólos presenciais devem manter uma infra-estrutura com laboratórios de informática, bibliotecas e salas de aula. Já existe um projeto-piloto da Universidade Aberta que está oferecendo 10 mil vagas no curso da Administração em 19 estados do País. O projeto conta com uma parceria do Banco do Brasil." Ensino superior O projeto prevê, por exemplo, a utilização dos resultados obtidos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior como critério para a autorização de instituições privadas. A Reforma do Ensino Superior estabelece ainda que 75% da receita vinculada à educação deve ser repassada às universidades públicas. Os recursos serão distribuídos conforme indicadores de desempenho e qualidade, como o número de alunos matriculados, de estudos publicados e registro de patentes. Os 75% sairão da parte correspondente ao mínimo de 18% da receita de impostos que a União tem que investir na Educação como um todo. No entanto, o MEC, além dos 25% restantes da vinculação constitucional, já conta hoje com outras fontes de impostos (como o salário-educação - atualmente reservado ao ensino fundamental -, recursos do Tesouro correspondentes à metade do orçamento total do MEC, contribuições sociais como o Fundo da Pobreza, receitas próprias das instituições de ensino etc) que podem ser usadas em outros níveis/etapas da educação. O governo está promovendo ainda a expansão da rede federal de ensino superior do país. Estão sendo criadas quatro universidades, transformadas seis faculdades em universidades e construídos e ampliados 40 campi. As medidas vão gerar 125 mil vagas em cinco anos, um aumento de 21,75% no total de alunos hoje matriculados. Para atender a expansão do ensino superior estão sendo criadas 2,3 mil vagas para professores e outras 1.075 para servidores técnicos-administrativos, além de 120 cargos de direção e de 420 funções gratificadas. Houve também a reestruturação da carreira docente, por meio de medida provisória, publicada no último dia 30 de maio, e que concede ainda aumento linear de 12% retroativo a 1º de fevereiro de 2006 sobre vencimento básico dos professores dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), das escolas técnicas técnicas e agrotécnicas federais e dos colégios de aplicação das universidades federais", assegura o informativo Pós-graduação Outro projeto criado é o Observatório da Educação, que visa consolidar uma rede de pesquisa e de disseminação de informações concentrada na temática da educação, em todas as áreas do conhecimento. Seu público-alvo são grupos de pesquisa de instituições de educação superior, públicas e privadas, vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu que desenvolvem linhas de pesquisa voltadas para a educação, nos diferentes campos do conhecimento, em qualquer eixo temático. Os temas serão educação básica, educação superior, educação profissional, educação continuada e educação especial", completa o informativo. Mais informações sobre o "pacote" podem ser obtidas no endereço: www.mec.gov.br.
O informativo inclui, entre a série de medidas governamentais destinadas a ampliar o ensino superior no país, o encaminhamento, ao Congresso Nacional, do projeto de lei da Reforma da Educação Superior, "que tem como características principais melhorar a qualidade do ensino nas instituições particulares e garantir o financiamento das universidades públicas permitindo o aumento do número de vagas existentes.
Ainda de acordo com Em Questão, "na área de pós-graduação, o governo instituiu a Escola de Altos Estudos para promover a cooperação acadêmica internacional com a vinda ao Brasil de professores e pesquisadores renomados com a finalidade de aprimorar a qualidade do ensino oferecido nos cursos de pós-graduação existentes no país.