A ferrita, material magnético conhecido e utilizado largamente há muitos anos, quando trabalhado em escala nanométrica, pode ter suas aplicações potencializadas seja na eletrônica, na saúde ou no meio ambiente. Os avanços da pesquisa sobre esse material serão apresentados pela servidora do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e aluna de pós-doutorado da UFMG, Juliana Batista da Silva, durante a 58ª Reunião Anual da SBPC, que acontece de 16 a 21 de julho em Florianópolis. Esse trabalho, desenvolvido junto com sua orientadora, a professora da UFMG Nelcy Mohallem, foi um dos 22 escolhidos pela entidade durante a Chamada Interdisciplinar. A ferrita, usada em escala nanométrica - um milímetro dividido por um milhão de vezes -, pode originar dispositivos inovadores com aplicações em diversas áreas. No meio ambiente, por exemplo, a ferrita é um importante agente catalisador, que tem sua atividade ampliada em 50% na degradação de organoclorados, como pesticidas, por exemplo. "Outra vertente importante da pesquisa é na área de saúde, na qual a ferrita atua como um biomaterial que "transporta" o fármaco até a célula cancerosa, criando um campo magnético e atacando pontualmente a área doente", explica Juliana. Segundo a pesquisadora, para que o país avance nesse segmento estão sendo buscados intercâmbios com centros de pesquisa no Exterior.
(Assessoria de Comunicação do CDTN)